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julho 12, 2016

Rolinhos Arco-iris com Hummus de Ervas :: Rainbow Summer Rolls with Herbed Hummus



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Olha, olha quem é ela! A blogger mais desnaturada de toda a blogosfera... Eu sei... Aceito todo o tipo de ralhetes, raspanetes e carapuças da vossa parte! Parece que isto de sobreviver a terramotos de grande escala ocupa muito tempo na agenda de uma pessoa. Apercebi-me que tinha muitas saídas e diversão para pôr em dia, muitas coisas novas para descobrir, outras tantas para redescobrir e entre todos os projectos fantásticos em que tenho estado a trabalhar pouco tempo me sobrava para me organizar de maneira a publicar um artigo. E por esta altura já todos percebemos que a organização e gestão do tempo não são propriamente o meu forte, não é verdade? Falhei claramente essa fila e os dias escapam-me a uma velocidade que nem o próprio Einstein conseguiria relativizar. E, no que parece um abrir e fechar de olhos, estamos em Julho!! JU-LHO!!! É só a mim que isto acontece?

agosto 26, 2015

Geladinhos de Pêssego e Chá :: Peach Tea Popsicles



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As temperaturas dos últimos dias parecem não saber muito bem a que estação pertencem, mas não posso deixar o verão acabar sem vos trazer pelo menos uma receita de gelados. Esta é tão simples que nem sei bem se a podemos mesmo chamar de receita… A ideia veio num dia bem quente enquanto preparava um chá gelado, que me andava na cabeça desde que o meu irmão me tinha trazido uns maravilhosos saquinhos diretamente dos Açores, com uns pêssegos bem madurinhos que andavam esquecidos na fruteira e me lembrei de dar uso às minhas forminhas de gelado. Unh, unh. Eu avisei… É tão simples que nem sei se a podemos chamar de receita.

Aproveitem a sugestão para quando o verão se lembrar de ser verão outra vez e experimentem com as vossas frutas favoritas. Este género de gelados ou, mais cientificamente falando, os coolers, resultam bem com quase tudo. Frutos silvestres, manga, uvas, ananás… E também podem viajar para destinos mais tropicais trocando o chá por água de coco.

julho 29, 2015

Gaspacho de Melancia e Tomate Coração de Boi :: Watermelon & Heirloom Tomato Gazpacho

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Nem sempre pensei assim, mas hoje dificilmente resisto a um bom gaspacho gelado numa tarde de calor. Este é um verdadeiro tributo ao Verão que combina uns sumarentos tomates coração de boi com o refrescante sabor da melancia, numa surpreendente e deliciosa versão do tradicional.

Experimentem levá-lo numa garrafa para o vosso próximo piquenique. Vão ganhar fãs para a vida! ;)

...

I didn't always think like this, but today I can hardly resist a good chilled gazpacho on a hot summer afternoon. This one is a real tribute to Summer combing a juicy heirloom tomatoes with the refreshing taste of watermelon, in a surprising delicious version of the traditional recipe. 

Bring it in a bottle for your next picnic. You will win fans for life! ;)


julho 02, 2015

Super Tabouleh de Quinoa e Cânhamo :: Super Quinoa Hemp Tabouleh

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O tabouleh é uma salada libanesa muito fresca, simples e a transbordar de sabor que adoro fazer nos dias mais quentes do verão. Como em qualquer receita tradicional existem muitas variações, mas todas aproveitam os melhores ingredientes da estação como o tomate, o pepino ou o pimento. Agora, as rainhas desta salada são mesmo as ervas aromáticas e um bom tabouleh quer-se a estourar de verde. As mais usadas costumam ser a salsa e a hortelã, mas podem experimentar abrir horizontes com manjericão, coentros ou, para uma verdadeira explosão de sabores, combinar todas.

Tradicionalmente acrescenta-se ainda bulgur ou até couscous, mas este é um verdadeiro super tabouleh e para além de lhe juntar grão-de-bico, chamei dois convidados muitos especiais para esta festa aromática: a quinoa e o cânhamo. Podem ser pequeninos mas estão a rebentar de nutrientes e transformam esta salada num almoço leve mas super completo, ótimo para levar para a praia ou na marmita para o trabalho enquanto as férias não chegam. Para saberem tudo sobre eles espreitem o final da receita


junho 17, 2015

Papaia Grelhada com Lima :: Grilled Papaya with Lime

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Declara-se oficialmente aberta a época dos barbecues no quintal, churrascadas em varandas e afins e grelhados no geral.

Se já têm as vossas agendas de fim de semana repletas com estes deliciosos encontros, experimentem fazer estas surpreendentes papaias grelhadas com um toque de lima, e preparem-se… Vão passar a ser os convidados mais concorridos das redondezas.

Esta é uma daquelas receitas incrivelmente simples mas que nos fazem brilhar em qualquer ocasião numa espécie de tudo em um. Estas papaias são a companhia perfeita para uns suculentos portobello na brasa ou para umas espetadinhas (de tempeh, claro está) acabadas de grelhar, mas também podem servi-las num pequeno-almoço ou brunch mais especial, ou até transformá-las numa gulosa sobremesa.

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I now declare barbecue season officially open. So put your grill spirit on and jump aboard to these 
amazing grilled papaya with a splash of lime. Be aware... After this you'll probably become the most popular guest/host of the neighborhood.

This is one of those incredibly simple recipes but that will make you shine on any occasion. These papayas are the perfect companion for some big juicy grilled portobellos or for some exotic tempeh skewers, but you can also serve them in a special breakfast or brunch, or even turn them into a scrumptious dessert.

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Papaia Grelhada com Lima
V / SG
Por pessoa

Ingredientes

1 Papaia, pequena e madura
1 Lima, sumo e raspa
Óleo de Coco ou Azeite, para pincelar os grelhadores de chapa

Barbecue
Coentros
Malagueta
Paprica Fumada
Flor de Sal

Pequeno-almoço / Brunch
Mirtilos
Coco em lascas
Iogurte Natural

Sobremesa
Açúcar de Coco ou Demerara
Chantili de Coco (ver aqui)
Pistácios


Preparação

Aquecer muito bem um grelhador e, se necessário, pincelar com um pouco de óleo de coco ou azeite.
Abrir as papaias ao meio e ao comprido, retirar as sementes e espremer o sumo da lima por cima de cada metade.
Colocar no grelhador bem quente com o lado da polpa virado para baixo e deixar cozinhar por 5 minutos até caramelizar.

Barbecue
Servir as papaias grelhadas com as raspas da lima, coentros e malagueta picados e uma pitada de paprica fumada e flor de sal.

Pequeno-almoço
Servir as papaias grelhadas com as raspas da lima, mirtilos, iogurte natural e lascas de coco ligeiramente tostadas.

Sobremesa
Polvilhar as papaias com o açúcar de coco ou demerara antes de as grelhar.
Servir as papaias grelhadas com as raspas da lima, uma colherada generosa de chantili de coco e pistácios grosseiramente picados.

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Grilled Papaya with Lime 
V / SG 
per person 

Ingredients 

1 Papaya, small and ripe
1 Lime, juice and zest 
Coconut or Olive Oil, for brushing the plate grills 

Barbecue 
Coriander 
Chilli 
Smoked Paprika 
Fleur de Sel

Breakfast / Brunch
Blueberries 
Coconut flakes
Natural Yogurt 

Dessert 
Coconut or Demerara Sugar 
Coconut Whipped Cream (see here
Pistachios 


Directions

Heat your grill till very hot and, if necessary, brush it with a little coconut oil or olive oil. 
Open the papayas in half and lengthwise, remove the seeds and squeeze the juice of lime over each half. 
Put them on the hot grill with the pulp side down and cook for 5 minutes to caramelize. 

Barbecue 
Serve the grilled papayas with lime zest, fresh coriander and chopped chilli and a pinch of smoked paprika and fleur de sel. 

Breakfast / Brunch
Serve the grilled papayas with lime zest, blueberries, yogurt and lightly toasted coconut flakes. 

Dessert 
Sprinkle the papayas with coconut or demerara sugar before grilling. 
Serve the grilled papayas with lime zest and a generous spoonful of coconut whipped cream, sprinkled with roughly chopped pistachios.


maio 20, 2015

Mousse de Chia, morangos e Framboesas com Leite de Coco Caseiro :: Chia, Strawberry, Raspberry Pudding with Homemade Coconut Milk

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Entre uma sobremesa gulosa e um pequeno-almoço nutritivo, esta mousse fica num delicioso limbo onde caio muitas vezes quando os dias começam a aquecer. As rainhas são as sementes de chia, super saciantes e a maior fonte vegetal de Ómega 3, e que depois de demolhadas se transformam num gel muito hidratante e óptimo para o sistema digestivo. Depois basta misturá-las com as vossas frutas favoritas até que tudo se transforme num creme algures entre a mousse e o pudim, ou até de um gelado se usarem fruta congelada.

Esta combina os morangos mais doces da estação e as primeiras framboesas a anunciarem a chegada de um verão apressado com um leite de coco caseiro, provavelmente o leite vegetal mais económico e prático de se fazer em casa. É super simples, basta demolhar coco ralado em água quente, bater… E já está! Obtemos um leite muito rico mas mais delicado que o enlatado, que gosto muito de usar nestas mousses mas também para fazer overnights oats ou batidos. Podem também experimentar com outros leites vegetais ou, para uma versão ainda mais gulosa, usar leite de coco enlatado, de preferência biológico e natural, sem ingredientes impossíveis de pronunciar.

Sobremesa, pequeno-almoço, mousse, pudim, gelado… Quem precisa de rótulos com estes copinhos cheios de coisas boas?

Between a sweet oh-so-good dessert and a nutritious breakfast, this pudding stays in a delicious limbo where I often fall when the days begin to warm up. Chia seeds are the queens here, super filling and the biggest vegetable source of Omega 3. After soaked, these little babies become a very hydrating gel that is also great for the digestive system. Then just mix it up with your favorite fruits until everything becomes a soft cream somewhere between a mousse and a pudding, or even an ice cream if using frozen fruit. 

This one combines the sweetest strawberries of the season and the first raspberries with a homemade coconut milk, probably the most economical and easy plant based milk you can make at home. It's super simple, just soak shredded coconut in hot water, beat... And you're done! You'll get a very rich milk but more delicate than the canned one, which I love using on these kind of puddings or to make my overnight oats or even smoothies. You can also try with other plant based milks or, for the ultimate scrumptious version, use canned coconut milk, organic and natural without any ingredients impossible to pronounce. 

Dessert, breakfast, mousse, pudding, ice cream ... Who needs labels with these cups filled so many good things?

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Mousse de Chia, Morangos e Framboesas 
com Leite de Coco Caseiro
V / SG / R
Para 2 a 4 pessoas

Ingredientes
Para a Mousse
3 colheres de sopa de Sementes de Chia
250 ml de Leite de Coco Caseiro
125 g de Morangos congelados
125 g de Framboesas congeladas
2 Bananas bem maduras
1 colher de sopa de Xarope de Ácer, para os mais gulosos
1/2 colher de chá de Baunilha em pó natural

Para o Leite de Coco Caseiro
100 g de Coco ralado
750 ml de Água fresca

Opcional

Para o Pudim de Chia e Coco
200 ml de Leite de Coco Caseiro
1 colher de sopa de Sementes de Chia
1 colher de sopa de Xarope de Ácer, ou outro adoçante líquido natural
1/2 colher de chá de Baunilha em pó natural

Para o Molho Rápido de Morangos e Framboesas
1 mão-cheia de Morangos arranjados
1 mão-cheia de Framboesas


Preparação

Para a Mousse
Numa taça, misture bem as sementes de chia com o leite de coco, a baunilha e o xarope de ácer (se usar) e reserve no frigorífico por 30 minutos para gelificar.
Retire os morangos e as framboesas do congelador e deixe descongelar por 5 minutos para ser mais fácil triturar.
Coloque a mistura das sementes de chia com as bananas, os morangos e as framboesas num liquidificador ou num processador de alimentos e bata até obter uma mousse cremosa.

Para o Leite de Coco Caseiro
Aqueça a água até quase levantar fervura.
Coloque o coco ralado de molho na água quente por 30 minutos.
Bata num liquidificador e coe.
Passe o leite para um recipiente de vidro esterilizado e guarde no frigorífico entre 3 a 5 dias.

Opcional

Para o Pudim de Chia e Coco
Numa taça, misture bem as sementes de chia com o leite de coco, a baunilha e o xarope de ácer e reserve no frigorífico por 30 minutos para gelificar.

Para o Molho Simples de Morangos e Framboesas
Coloque os morangos e as framboesas num liquidificador e triture até ficar em puré.
Pode usar em outras sobremesas, panquecas, iogurtes, batidos…

Distribua a mousse por copinhos, coloque uma camada de pudim de coco por cima e sirva bem fresquinha com uma colherada do molho de morangos, algumas framboesas frescas, lascas de coco e folhinhas de hortelã.

Dica: Para criar um efeito marmoreado, misture suavemente a mousse e o pudim com movimentos circulares de baixo para cima com um palito.

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Chia, Strawberry, Raspberry Pudding with Homemade Coconut Milk
V / SG / R 
Serves 2 - 4 

Ingredients 

Chia, Strawberry, Raspberry Pudding
3 tbsp Chia Seeds 
250 ml Homemade Coconut Milk
125 g frozen Strawberries
125 g frozen Raspberries 
2 very ripe Bananas
1 tbsp Maple Syrup, optional
1/2 tsp natural ground Vanilla 

Homemade Coconut Milk
100 grams shredded Coconut 
750 ml of fresh Water 

Optional

Coconut Chia Pudding 
200 ml Homemade Coconut Milk
1 tbsp Chia Seeds 
1 tbsp Maple Syrup, or other natural liquid sweetener 
1/2 tsp natural ground Vanilla 

Quick Strawberries and Raspberries Sauce
1 handful of Strawberries
1 handful of Raspberries 


Directions

Chia, Strawberry, Raspberry Pudding
In a bowl, mix the chia seeds with the coconut milk, vanilla and maple syrup (if using) and set aside in refrigerator for 30 minutes to gel. 
Remove the strawberries and raspberries from freezer and let thaw for 5 minutes.
Place the mixture of chia seeds with the bananas, strawberries and raspberries in a blender or a food processor and beat until creamy mousse. 

Homemade Coconut Milk
Heat the water until almost boil. 
Soak the shredded coconut in the warm water for 30 minutes. 
Beat in a blender and strain. 
Pass the milk into a sterilized glass container and store in the refrigerator at 3 to 5 days. 

Optional 

Coconut Chia Pudding 
In a bowl, mix the chia seeds with the coconut milk, vanilla and maple syrup and set aside in refrigerator for 30 minutes to gel. 

Quick Strawberries and Raspberries Sauce
Place the strawberries and raspberries in a blender and mix until pureed. You can use this sauce in other desserts, pancakes, yogurt, smoothies... 

Distribute the strawberry raspberry mix in cups, cover with the coconut pudding and serve chilled with a spoonful of the strawberry sauce, some fresh raspberries, coconut flakes and mint leaves. 

Tip: To create a marbled effect, gently mix the two layes with circular movements from the bottom up with a toothpick.

setembro 24, 2014

Tartines de Figos Assados com Requeijao de Amêndoa :: Rosted Figs Tartines with Almond Cottage Cheese

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Os meses vão passando e a minha grande odisseia lá vai avançando passinho a passinho... E agora que já lhe começo a vislumbrar o fim, acho que já vos consigo falar de tudo o que se andou a passar por estes lados. Preparem-se que vêm aí queixinhas a sério!

Dizer que tem sido intenso é pouco... Picos de inspiração seguidos de autênticos desertos criativos e um turbilhão imenso de emoções à mistura com a sua quota-parte de lágrimas. Caí no enorme erro de me comparar com as pessoas que admiro e a minha cabeça enchia-se de dúvidas e perguntas... De repente tinha todas as minhas inseguranças ao rubro e às vezes gritavam tão alto que me deixavam completamente paralisada. Muitas noites acordada afundada numa sensação de quanto mais faço mais tenho para fazer e a pensar que se calhar não sou boa o suficiente, que nunca o vou ser, que se calhar as pessoas estão à espera de mais de mim e o livro vai ser uma grande desilusão, a tentar lidar com a vergonha de um dead line há muito falhado e o seu respectivo mas-se-os-outros-conseguem-porque-é que-eu-não-consigo sempre a ecoar lá do fundo. E a maior pergunta de todas... Será que é mesmo isto que eu quero? É que isto de gostar de cozinhar e partilhar o que vou aprendendo a passar a ser oficialmente uma autora de receitas vai um grande caminho e essa responsabilidade deixa-me completamente aterrada. Eu sei, muitos devem estar a pensar... É só um livro de receitas. Mas para mim ganhou um proporção gigantesca. Sufocante mesmo.

Depois vem a parte prática da coisa. As compras sem fim, subir 4 andares com as compras sem fim, pensar nas receitas, escrever as receitas, testar as receitas e corrigir as receitas, a cozinha sempre em pantanas, a loiça para lavar, a loiça senhores, ter o resto do meu T0 bem pequenino transformado num estúdio permanente e andar a tropeçar nos props e cenários espalhados por todo o lado que-não-vale-a-pena arrumar-para-estar-a-voltar-a-tirar, as decisões, as indecisões e e os bloqueios, as fotografias e as suas milhentas repetições porque não estão mesmo, mesmo como eu quero, as crises de identidade, os dias muitos escuros, os dias com demasiada luz e os dias que passam à velocidade da luz, as horas em frente ao monitor para conseguir escolher uma única foto e se-calhar-ainda-vou-repetir-mais-uma-vez-esta-receita... Uff! Correr por gosto cansa, e muito! Tanto que às vezes cheguei a pensar que se calhar não gostava assim tanto.

Mas depois começo a vê-lo a ganhar forma e e lembro-me porque escolhi uma vida entre os tachos. Apesar de saber que nunca o vou achar perfeito sinto-me a encher de um orgulho vaidoso, aquele que vem quando damos conta que estamos a conquistar o maior desafio das nossas vidas. Mesmo que super atrasado. Mesmo com todos os momentos difíceis, dúvidas e frustrações. Não sei bem o que vem a seguir, mas essa sensação vai-me acompanhar para sempre. Também ainda não sei quando vai ser o dia em que vai estar finalmente pronto, mas já faltou mais, muito mais. Estou a fazer tudo para que seja ainda este ano, por isso não desistam de mim, não?

E pronto, é isto. Queixinhas feitas. Ainda está alguém desse lado?

Para compensar e para levantar um pouqinho mais o véu do que aí vem, fica mais uma das receitas do livro. Desta vez umas Tartines de Figos Assados com Requeijao de Amêndoa. Feitas com os reis da estação, assados com um delicioso molho balsâmico, e um requeijão vegan e raw, que aproveita as sobras do leite de amêndoa. São perfeitas para receber os amigos num fim de tarde, mas por cá até já foram pequeno almoço... Mas isso fica aqui só entre nós, combinado?

Obrigada sempre por tantas mensagens de apoio e carinho.

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Tartines de Figos Assados com Requeijão de Amêndoa
V
4 Tartines

Ingredientes

Para os Figos Assados
6 a 8 Figos
1 colher de sopa de Azeite
1 colher de sopa de Vinagre Balsâmico
1 colher de sopa de Mel ou Xarope de Ácer
1/2 colher de sopa de Rosmaninho fresco

Para o Requeijão de Amêndoa (V / R)
200 g de Polpa de Amêndoa, sobras do leite daqui
1 Alho
2 colheres de chá de Levedura de Cerveja em pó, opcional
1 colher de sopa de Sumo de Limão
2 colheres de sopa de Azeite
2 colheres de sopa de Água
Sal Marinho Integral
Pimenta Preta moída na hora

Para Servir
4 fatias de Pão rústico
Micro Vegetais
Rosmaninho
Pistácios grosseiramente picados

Preparação

Para os Figos Assados
Pré aquecer o forno a 180º.
Lavar os figos e cortá-los em quartos.
Numa tacinha misturar o azeite com o vinagre balsâmico e o mel.
Verter sobre os figos, reservando um pouco para servir, e salpicar com o rosmaninho.
Levar ao forno por 15 minutos até caramelizar.

Para o Requeijão de Amêndoa (V / R)
Colocar todos os ingredientes, excepto a água e os temperos, num processador de alimentos e misturar bem.
Com o processador sempre ligado acrescentar a água aos poucos até atingir a consistência desejada.
Temperar com um pouco de sal e pimenta e misturar.
Pode ser guardado num frasco de vidro hermético no frigorífico entre 3 a 4 dias.

Para Servir
Tostar as fatias de pão e barrar  com o requeijão de amêndoa.
Distribuir os figos assados pelas tartines.

Regar com o molho balsâmico e salpicar com pistácios e os micro vegetais.

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The months go by and my great odyssey advances baby step by baby step... I'm finally seeing the end of it so I think it's time I tell you all about everything that has happened around here. Warning, some real whining ahead!

Saying it has been intense is selling it short... Peaks of inspiration followed by creative deserts mixed with an immense whirlwind of emotions with its fare share of tears. I fell in the huge mistake of comparing myself to others and my mind  filled up with doubts and questions... Suddenly all my insecurities where up to the roof and sometimes they were so loud that I felt completely paralyzed. Many nights awakened sunk with the overwhelming sense that the more I do the more I have to do and thinking that maybe I'm just not good enough, that I'll never be, that maybe people are expecting more from me and the book will be a big disappointment, trying to deal with the shame of a dead line long over due and it's respective but-if-others-can-do-it-why-can't-I echoing in the silence. And the biggest question of them all... Is this what I really want? I mean, from liking to cook and sharing what I learn to becoming an officially recipe author goes a long way and this responsibility completely grounds me. I know, many must be thinking ... It's just a cookbook. But for me it gained a massive proportion. Massive.

Then comes the practical aspects of it. The endless shopping, climbing my 4 floors with the endless shopping, thinking about the recipes, writing the recipes, testing the recipes and correcting the recipes, my kitchen always in a semi chaos state, the dishes to wash, the dishes lord, having the rest of my petite "open space" transformed into a permanent photograph studio and stumble all over the props and scenarios scattered everywhere because-there's-really-no-point-in-storing-them-because-I'm-always-using-them, the decisions, the indecisions and the creative blocks, the photographs and their thousands repetitions because they are not really, really like I want them, the identity crises, the dark days, the days with too much light and the days that pass by the speed of light, the hours in front of my computer trying to one single photo and I-might-just-gonna-repeat-this-recipe-one-more-time... Uff! Sometimes I got so tired that I even doubted my love for cooking.

But then comes that moment, when I see the book coming to life and remember why I choose to live among my pots. Despite knowing that I will never find it perfect I feel this pride filling my soul, the one that comes when you realize that you are conquering the biggest challenge of your lives. Even if super over due. Even with all the difficult moments, doubts and frustrations. I'm not sure what comes next, but that feeling will follow me forever. I also still don't know when it will finally be ready, that day will come. I'm doing everything I can so that it comes still this year, so don't give up on me!

And that's it. Whining done. Is anyone still there?

To make it up to you and lifting the veil a bit more of what's coming, here's one more recipe from the book, these Rosted Figs Tartines with Almond Cottage Cheese. Made with the kings of the season, baked with a delicious balsamic sauce, and a vegan and raw cottage chees that uses the leftover pulp of homemade almond milk. They are perfect share with friends in one of this fall evenings, but around here they have even been breakfast ... But that's just between us here, deal? 

Thank you always for so many messages of support and affection.

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Rosted Figs Tartines with Almond Cottage Cheese
4 Tartines 

Ingredients 

Roasted Figs 
6 to 8 Figs 
1 tbsp olive oil 
1 tbsp of Balsamic Vinegar 
1 tbsp of Honey or Maple Syrup 
1/2 tbsp fresh Rosemary 

Almond Cottage Cheese (V / R) 
200 g Almond pulp, leftover milk 
1 Garlic Clove
2 tsp of Nutricional Yeast, optional 
1 tbsp of Lemon Juice 
2 tbsp olive oil 
2 tbsp water 
Sea Salt 
Freshly ground black pepper 

To Serve 
4 slices of Bread 
Micro Greens
Rosemary
Coarsely chopped Pistachios 

Directions

Roasted Figs
Preheat oven to 180 degrees. 
Wash the figs and cut them into quarters. 
In bowl mix the olive oil with the balsamic vinegar and honey. 
Pour over the figs, reserving some to serve, and sprinkle with rosemary. 
Bake for 15 minutes until caramelized. 

Almond Cottage Cheese (V / R) 
Place all ingredients, except water and seasonings in a food processor and blend.
With the food processor running, add water gradually until it reaches the desired consistency. 
Season with salt and pepper and mix again. 
Can be stored in an airtight glass jar in the refrigerator between 3-4 days. 

To Serve 
Toast the slices of bread and spread with almond cottage cheese. 
Distribute the roasted figs on the tartines. 
Drizzle with the rest of the balsamic sauce and sprinkle with pistachios and micro greens.


outubro 11, 2013

The Last Summer Salad

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Unh-unh, eu sei que já vamos quase a meio de Outubro e que vir para aqui agora falar de últimas saladas de Verão parece um tanto ou quanto descabido. Mas tinha esta aqui guardada para vocês, feita especialmente para a despedida do Verão, mas os dias que se seguiram foram bem farruscos e pareceu-me ainda mais descabido. Depois vieram tempos loucos de trabalho, com um showcooking no Mercado de Sabores pelo meio (ai senhores o palco, palco!), em que não consegui um tempinho para me sentar aqui e a salada lá ia ficando numa da centenas de pastas que habitam o meu computador. Esta semana o Verão trocou as voltas ao Outono e resolveu vir dizer olá outra vez e eu resolvi que enquanto der para vestir calções se pode falar de saladas! Mas tem que ser rápido que andam aí rumores que os dias farruscos vão voltar em força!

Esta salada, como todos as que se fazem cá por casa como refeição, assenta na combinação imbatível de um cereal integral com uma leguminosa que nos fornece proteínas de muita qualidade com todos os aminoácidos essencias. É que as suas composições são inversamente proporcionais, sendo que os cereais são especialmente ricos no aminoácido metionina e as leguminosas em lisina, e quando ingeridos em conjunto complementam-se e dão origem a uma proteína completa! E o mais engraçado é verificar que em todas as culturas do Mundo a alimentação sempre se baseou nesta combinação tão natural! Uff! O que eu vibro com estas coisas!!

Neste caso foi o Bulgur, um derivado do trigo muito usado pelo Médio-Oriente e facílimo de preparar, que se juntou ao Feijão Vermelho, bem robusto. Depois foi só juntar os vegetais havia cá por casa, umas azeitonas em salmoura para aproveitar todas as coisas boas dos fermentados, e uma boa dose de ervas aromáticas para um toque fresco... Eh voilá! Diz que é uma espécie de Tabouleh!


Unh-unh, I know that we are almost in the middle of October and that talking about the last summer salad seems somewhat inappropriate. But I had this one that I really wanted to show you, specially made for the Summer farewell, but the days that followed were quite cold and grey so it seemed even more improper. Then came crazy times with lots of work and I could not find the time to sit and talk about this salad so it kept being forgotten in the middle of the hundreds of folders that live in my computer. This week, Summer tricked Autumn and decided to say hello again and I've decided that while one can wear shorts, it's ok to talk about salads! But it has to be really fast, that rumor has it the days are turning cold and grey again!

This salad , like all the others prepared as a main dish, is based on the unbeatable combination of a whole grain with a legume that provides us with a high quality protein with all essencial amino acids. You see, their compositions are inversely proportional , as cereals are especially rich in the amino acid methionine and legumes in lysine, and when ingested together they complement each other forming a complete protein! And the funny thing is to see that in all cultures of the world, food has always been based on this combination so natural ! Uff ! How I LOVE this kind off knowledge!

In this case the cereal was bulgur, a derivative of whole wheat widely used in the Middle East and really easy to prepare, who joined the robust red beans. Then I just added what ever vegetables I had in the fridge, some brined olives filled with all that fermented goodies, and a good dose of herbs for a fresh touch... Eh voila!


Salada de Bulgur com Pimentos Assados, Feijão Vermelho e Couve Penca

Ingredientes (2 pessoas)
150 g de Bulgur
1 Pimento assado e cortado em tirinhas (usei 1/2 Vermelho e 1/2 Amarelo)
300g de Feijão Vermelho cozido
10 Azeitonas em salmoura, descaroçadas e cortadas
2 folhas de Couve Penca, migadas
2 Tomates maduros, cortados em gomos fininhos
1 Cebola pequena, cortada em rodelas bem fininhas
Sumo e raspa de 1/2 Limão
1 molhinho de Salsa, picada
1 molhinho de Hortelã, picada
Azeite
Sal Marinho
Pimenta Preta na hora

Preparação
Colocar as rodelinhas de cebola numa taça e temperar com o sumo de limão, um fio de azeite, um pouco de sal e pimenta preta.
Enquanto isso colocar o bulgur num tachinho com o dobro da água, temperar com sal e deixar levantar fervura.
Baixar o lume e deixar cozinhar durante 10 minutos bem tapado.
Desligar e deixar repousar mais 10 minutos.
Quando estiver bem frio, soltá-lo com um garfo, misturar com a cebola e juntar todos os outros ingredientes, envolvendo bem.
Rectificar os temperos e finalizar com as raspas de limão e um fio de azeite


Bulgur Salad with Roasted Bell Peppers, Red Beans and Colaard Cabbage

Ingredients (serves 2)
150 g Bulgur
1 roasted Bell Pepper, sliced (I used 1/2 Red and 1/2 Yellow)
300 g cooked Red Beans
10 brined Olives, pitted and sliced
2 leaves of  Collard Cabbage, minced
2 ripe Tomatoes, sliced
1 small Onion, sliced ​​thinly
Juice and zest of 1/2 lemon
1 small bunch of Parsley, chopped
1 small bunch of Mint, chopped
Olive oil
Sea Salt
Black Pepper freshly ground

Directions
Put the onion sliced in a bowl and season with lemon juice, a drizzle of olive oil, a pinch of salt and black pepper.
Meanwhile place the bulgur in a pot with double the water, season with salt and bring to boil.
Lower the heat and simmer for 10 minutes with the lid on.
Remove from the stove and let sit for 10 minutes, still covered.
When the bulgur its cold, loosen it with a fork, mix with the onions and add all other ingredients, combining
Rectify the seasoning and finish with lemon zest and a drizzle of olive oil.

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O próximo workshop da Miss Vite vai ser de Saladas de Outono!! Dia 26 de Outubro, às 16H00 no Work It. Vai haver muitas ideias bem reconfortantes para comer em casa ou levar na marmita!


agosto 29, 2013

Granita de Meloa Cantaloupe, Gengibre e Hortelã :: Cantaloupe, Ginger and Mint Granita

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Ventoinha ligada no máximo, uma gatinha transformada em lagartixa e a actividade de volta do fogão reduzida ao mínimo. Assim vão os dias por aqui, entre mil e uma saladas, batidos vários e sumos fresquinhos. E vá, uma granita, aqui e ali. Todos concordamos que tudo o que peça para abrir o congelador de 30 em 30 minutos soa a uma dádiva divina!

As granitas foram a descoberta deste Verão e rapidamente ganharam o estatuto de clássico cá por casa. São sobremesas deliciosamente simples e refrescantes, tudo o que nós queremos por estes dias, e claro, as minhas preferidas são as que levam fruta e pouco mais. A única coisa que a fazer é um sumo com a vossa fruta favorita, colocar no congelador e mexer de vez em quando. Uuuf! Mais simples que isto é difícil! Podem sempre juntar uns toquezinho especiais e se forem mesmo muito gulosos podem até acrescentar um pouqinho de mel ou agave, mas a grande maioria das vezes a fruta é tão doce que não é preciso mais nada.

Esta é de meloa, cantaloupe, a que nunca consigo resistir ao seu perfume doce e cor viva, mas no congelador já mora uma de melancia!


Fan on it's maximum speed, a kitten turned into a lasy lizard and the stove activity minimized to 0. These are the days around here, among with the thousand and one salads, many smoothies and fresh juices. Ok. And some granitas here and there. Let's all agree that anything that asks you to open the freezer every 30 minutes sounds like a divine gift!

The granitas were the great discover of this summer and quickly gained the classic status here at home. This desserts are delightfully simple and refreshing, all that we want these days, and of course, my favorite are the ones with fruit and very little else. The only thing to do is a juice with your favorite fruit, place it in the freezer and stir occasionally. Uuuf! How hard is that? You can always add a special little touch and if you have a really sweet tooth you can even add a little honey or agave, but the vast majority of the time the fruit is so sweet that you do not need anything else.

This one is made with cantaloupe melon, which I can never resist its sweet scent and bright color, but there's already one made with watermelon living in the freezer!



Granita de Meloa Cantaloupe, Gengibre e Hortelã

Ingredientes (4 a 6 pessoas)

1 Meloa Cantaloupe
2 colheres de sopa de Sumo de Limão
2 colheres de sopa de Água fresca
3 a 4 cm de Gengibre, descascado e ralado
1 pitada de Sal Marinho
1 mão cheia de Hortelã

Preparação

Cortar a meloa ao meio e retirar as sementes.
Retirar a polpa, colocar num processador de alimentos juntamente com os outros ingredientes e misturar.
Colocar num recipiente de vidro ou plástico e levar ao congelador entre 3 a 4 horas, mexendo a cada 30 minutos com um garfo.
Para servir, retirar do congelador 15 minutos antes, voltar a mexer com um garfo para soltar os cristais de gelo, colocar em tacinhas e decorar com algumas folhinhas de hortelã.


Cantaloupe, Ginger and Mint Granita

Ingredients (serves 4 to 6)

1 Cantaloupe
2 tbsp Lemon Juice
2 tbsp of fresh Water
3-4 cm Ginger, peeled and grated
1 pinch of Sea Salt
1 handful of Mint leaves

Directions

Cut the melon in half and remove the seeds.
Remove the pulp, put in a food processor along with the other ingredients and mix.
Place in a plastic or glass container and pop in the freezer for 3 to 4 hours, stirring every 30 minutes with a fork.
To serve, remove from freezer 15 minutes before, stir it again with a fork to loosen the ice crystals, scoop into bowls and garnish with some mint leaves.


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Foge um pouco ao tom normal deste blogue, mas não consigo ficar indiferente a tudo o que se vive nos últimos dias e mesmo sabendo que nunca vai ser suficiente, gostava de deixar uma palavra de apreço e força a todos os bombeiros que combatem incansavelmente os incêndios e a todos os que estão a viver directamente as consequências desta verdadeira tragédia. Coragem e obrigada.


julho 31, 2013

Raw Cheesecake de Cerejas e Chocolate :: Cherry Chocolate Raw Cheesecake

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Despeço-me sempre de Julho com a alma cheia. É o mês em que celebro mais um aniversário aqui com vocês e o mês em que as ruas da Sé de Viseu se vestem de verde para receber mais uma edição dos Jardins Efémeros, que este ano voltou a rebentar de uma energia quase palpável. As fotos deste ano não foram muitas, que a Miss Vite andou bem atarefada, mas vamos lá ver se vos consigo mostrar um bocadinho desta semana em breve.

E claro que não o podia deixar acabar sem partilhar com vocês esta deliciosa maravilha. Um Cheesecake de Cerejas e Chocolate totalmente raw e vegan! Este género de cheesecakes já me andavam a fazer olhinhos há séculos e o aniversário do blogue foi a ocasião perfeita para meter mãos há obra. Depois tinha um saquinho de cerejas congeladas a chamar por mim. É que por altura dos meus anos a querida Sandra do blogue Do Aroma dos Dias ofereceu-me um cestinho maravilhoso recheado de cerejas, e apesar de as adorar, conseguir comê-las todas antes que se estragassem era quase missão impossível... Mas só aqui entre nós, desconfio que tiveram o destino mais delicioso de sempre!

O bolo perfeito para celebrar aquilo que mais me deixa feliz. Mais um ano intenso de tantas aventuras e novos desafios (eu sei que anda a aqui faltar um anúncio oficial, mas em breve, em breve!). Obrigada por me acompanharem desse lado e por me encherem tantas palavras de carinho e apoio!



My soul is always full when July ends. It's the month I celebrate another year here with you and the month streets of Viseu Cathedral dress in green to receive another edition of the Jardins Efémeros, a week bursting an energy that is almost palpable.This year Miss Vite was quite busy, so there's not many photos, but I hope to show a little bit of this fantastic week soon.

Of course I could not let July end without sharing with you this baby. A Cherry Chocolate Cheesecake that is totally raw and vegan! This kind of cheesecakes were flirting with me for ages and the blog's anniversary was the perfect occasion to finally give in and make one! Besides I had a bag of delicious frozen cherries calling for me. I received a wonderful basket full of cherries, and despite the how much I love them, eating them all before they spoil was an almost impossible mission... But just between you and me, I suspect that they had the most delicious end ever!

The perfect cake to celebrate what makes me the most happy. Another intense year with so many adventures and new challenges (I know it's been missing an official announcement, but soon, soon!). Thank you so much for being there and for so many kind words and support!


Raw Cheesecake de Cerejas e Chocolate

Ingredientes

Base
4 Tâmaras Medjool, demolhadas e sem caroço
125 g de Coco Ralado
25 g de Cacau Cru em pó
1 colher de sopa de Óleo de Coco, derretido
1 colher de sopa de Água fresca
1 pitada de Sal Marinho

Recheio
210 g de Cajus, crus, sem sal e demolhados entre 1 a 4 horas
Sumo de 1 Limão
1 colher de chá de Pasta de Baunilha
5 colheres de sopa de Óleo de Coco, derretido
5 colheres de sopa de Mel ou Agave para uma versão vegan
100 ml de Água fresca
150 g de Cerejas, congeladas e sem caroços
1 pitada de Sal Marinho
Cerejas e hortelã para servir.


Preparação

Base
Forrar uma forma de mola (usei de 20 cm de diâmetro) com película aderente.
Colocar todos os ingredientes num processador de alimentos e misturar até se obter uma massa consistente.
Espalhar a massa na forma, pressionando bem até que fique totalmente coberta e com uma altura uniforme.
Reservar no frigorífico.

Recheio
Colocar todos os ingredientes menos as cerejas num num liquidificador ou processador de alta potência e misturar até se obter um creme bem macio. Se necessário adicionar mais água aos poucos.
Colocar cerca de 3/4 do creme por cima da base e espalhar bem com a ajuda de uma colher para que fique uniforme.
Acrescentar as cerejas ao resto do creme no liquidificador e misturar.
Espalhar por cima da outra camada de recheio de forma a que fique bem uniforme.
Levar ao congelador entre 6 a 8 horas.
Para servir retirar do congelador meia hora antes e decorar com cerejas frescas e folhinhas de hortelã.


Cherry, Chocolate Raw Cheesecake

Ingredients

Crust
4 Dates, soaked until soft and pitted
1 1/2 cups dried unsweetened Coconut
1/4 cup Raw Cacao powder
1 tbsp Coconut Oil, softened
1/2 tbsp fresh Water
1 pinch of Sea Salt

Filling
1 1/2 cup Cashew, raw, unsalted and soaked from 1 to 4 hours
Juice of 1 lemon
1 tsp Vanilla Paste
5 tbsp Coconut Oil, melted
5 tbsp Honey orAgave for a vegan version
1/2 cup Fresh Water
1 cup Cherries, pitted and frozen
1 pinch of Sea Salt
Cherries and Mint to serve.

Directions

Crust
Line a spring-form pan (I used 20 cm diameter) with cling film.
Place all ingredients in a food processor and pulse until you get a consistent dough.
Spread the dough into the pan, pressing well until it is fully covered and with a uniform height.
Reserve in the fridge.

Filling
Place all ingredients except the cherries in a blender or in a high power food processor, and blend until creamy and smooth. If necessary add more water gradually.Place about 3/4 of cream on top of the crust and spread with the help of a spoon until it is with a uniform height.
Add the cherries to the rest of the cream in the blender and mix.
Spread on the first layer of filling so that it is quite uniform.
Place in the freezer between 6-8 hours.
To serve remove from the freezer about half an hour before and decorate with fresh cherries and mint leaves.

julho 11, 2013

Creme de Ervilhas e Hortelã :: Pea and Mint Creamy Soup

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Os últimos dias foram passados a saladas, batidos e sumos (muito) verdes e, não fossem as encomendas, eu e o fogão cá de casa teríamos andado de costas voltadas. É que não sei se repararam mas isto esteve assim meio para o quentinho! Uff!

Agora que as temperaturas já deixam pensar e a vida volta à normalidade, já me consigo sentar para vos falar deste creme feito com as últimas ervilhas frescas do mercado. Na verdade foi feito mesmo antes dos termómetros começarem a subir, e a ideia era fazer uma sopa bem levezinha com sabor a Verão mas para ser comida quente, que eu não sou (era) nada de sopas frias. Claro que os quase 40º que se fizeram sentir rapidamente me trocaram as voltas.

Ervilhas, hortelã e limão. O que pode correr mal? Sabores que parecem feitos uns para os outros, transformados num delicioso creme. Uuuhhm... Quente ou fria acho que descobri a sopa do meu Verão!



I survived the last days with nothing more than salads, smoothies and (very) green juices and if it weren't for all the delicious orders, me and and my stove would've turned our backs at each other. I don't know if you've noticed it, but it sure was hot! Uff!

Now that the temperatures allow thinking and life is back to normal, I finally can sit down and to tell you all about this creamy soup made with the last fresh peas of the market. Actually it was made just before the thermometers begin to rise up, and the idea was to make a soft Summer soup but to be eaten hot, as I'm not (or was) a cold soup kinda of person. But the nearly 40º that were felt here in Portugal, quickly changed my mind!

Peas, mint and lemon. What can go wrong? Flavors that seem made for each other, transformed into a delicious cream. Uuuhhm ... Hot or cold I think I just found the perfect soup to this Summer!



Creme de Ervilhas e Hortelã

Ingredientes (6 a 8 pessoas)

450 g de Ervilhas
2 Courgettes
2 Cebolas médias
3 dentes de Alho
800 ml de Água ou Caldo de Legumes
1 Limão, raspa e sumo
1 raminho de Hortelã, só as folhas
Sal Marinho
Pimenta Preta moída na hora
Azeite
Sésamo Preto, opcional para servir

Preparação

Lavar as courgettes e descascar a cebola e os alhos.
Cortar tudo em pedaços grandes e colocar numa panela grande.
Juntar a água ou o caldo de legumes só até cobrir os legumes e temperar com sal, pimenta e um fio de azeite.
Deixar levantar fervura e cozinhar em lume médio até aos legumes começarem a ficar tenros.
Acrescentar o resto da água, ou caldo de legumes, e as ervilhas e cozinhar por 2 minutos.
Desligar o lume, acrescentar a folhas de hortelã o sumo e a raspa de limão e passar a varinha mágica até se obter um puré leve e cremoso.
Se necessário acrescentar mais água quente e rectificar os temperos.
Servir, quente ou frio, salpicado de sementes de sésamo pretas, folhas de hortelã grosseiramente picadas, raspas de limão e um fio de azeite.


Pea and Mint Creamy Soup

Ingredients (serves 6 to 8)

450 g Fresh Peas
2 Zucchinis
2 medium Onions
3 cloves of Garlic
800 ml Water or Vegetable Broth
1 Lemon, zest and juice
1 sprig of Mint, leaves only
Sea Salt
Freshly ground Black Pepper
Olive Oil
Black Sesame, optional to serve

Directions

Wash the zucchinis and peel the onion and garlic.
Cut everything into large pieces and place in a large saucepan.
Add water or vegetable broth just to cover the vegetables and season with salt, pepper and a little olive oil.
Let it boil, reduce to medium heat and cook until the vegetables are tender.
Add the remaining water, or vegetable broth, and peas and cook for 2 minutes.
Turn off the heat, add the mint leaves, the juice and lemon zest and blend with a mixer until a creamy puree.
If necessary add more hot water and adjust the seasoning.
Serve, hot or cold, sprinkled with black sesame seeds, coarsely chopped mint leaves, lemon zest and a drizzle of olive oil.


outubro 11, 2012

Pizza de Figos, Queijo de Cabra e Ervas

Nunca gostei de Figos. Cresci com uma grande figueira no quintal, pois, eu sei, a velha história das nozes a quem não tem dentes, mas nunca consegui provar um. Fazia-me impressão aquela textura estranha e nunca mais me vou esquecer do dia em que abri um e estava cheio de bichinhos. Para mim eram mais uma panca dos adultos, ficavam doidinhos com aquilo. E no fim do Verão era um rodopio de volta da árvore que só visto!

Mas este ano decidi que estava na altura de perceber esse burburinho todo por causa dos Figos. É que desde que vi esta pizza que fiquei a sonhar com ela e não podia deixar de a provar só por causa de um pormenor técnico como ai-não-gosto-de-figos, não é verdade? A prova de fogo foi no mercado biológico do Parque da Cidade, com direito a público e tudo! Enchi-me de coragem e lá dei uma trinca... Naquele momento percebi tudo. Espantosamente doces e com uma complexidade de texturas sublime, a polpa suculenta, o crocante das pequenas sementes e a pele suave. Sim, naquele momento entrei definitivamente no clube!

Vim para casa já de água na boca a pensar no que me esperava, a imaginar o doce destas pequenas maravilhas entre o salgado do Queijo de Cabra e os aromas das Ervas Aromáticas e do Vinagre Balsâmico. Uuuhmmm! Nunca o caminho me pareceu tão longo!








Sei que já vem um bocadinho tarde mas se ainda encontrarem Figos no mercado por favor experimentem esta pizza. Prometo que vai ser das melhores que já alguma vez provaram!


Ingredientes

Massa (para 6 bases)

375g de Farinha de Trigo
375g de Farinha de Trigo Integral
1 saqueta de Levedura Seca
480ml de Água morna
2 colheres de sopa de Sal Marinho

Pizza
Figos Pingo de Mel
Queijo de Cabra 
Salva, Tomilho e Oregãos
Mozzarela ralada
Azeite
Sal Marinho
Pimenta Preta moída na hora
Vinagre Balsâmico


Preparação

Massa
Numa tigela grande dissolver a levedura na água morna e deixar repousar 5 minutos.
Misturar a farinha de trigo e o sal.
Lentamente ir misturando a farinha de trigo integral, mexendo sempre até a massa começar a descolar da taça.
Colocar a massa numa superfície ligeiramente enfarinhada e trabalhá-la com as mãos até que fique bem macia e elástica durante cerca de 10 minutos.
Formar uma bola com a massa e voltar a colocá-la na tigela.
Cobrir com um pano e deixar crescer durante 2 horas até duplicar de tamanho.
Cortar a massa em 6 porções, formar pequenas bolas, cobrir e deixar repousar mais 30 minutos.
Esticar uma das bolas numa superfície enfarinhada até formar um círculo (não precisa de ficar perfeitinho, até gosto mais das pizzas meias tortas).
Embrulhar as outras bolas de massa em película anti-aderente e congelar até 3 meses.

Pizza
Ligar o forno para ir aquecendo.
Transferir a massa de pizza esticada para um tabuleiro forrado com papel vegetal.
Dispôr o queijo de cabra em pedaços e os figos cortados em fatias a gosto sobre a massa.
Espalhar as ervas aromáticas pela pizza e temperar com sal e pimenta preta.
Salpicar com a mozzarella ralada e levar ao forno cerca de 20 minutos.
Servir com um fio de vinagre balsâmico.


Adaptado daqui.


setembro 21, 2012

Pêssegos em Calda de Especiarias


O último dia do Verão amanheceu cinzento. Parece que o Outono anda invejoso e não o deixou acabar em glória.Vem cheio de pressa com as suas folhas laranjas e estaladiaças caídas pelos passeios e os dias frescos cada vez mais pequenos. Ainda faltam algum tempo, mas já se vêm no horizonte as tardes passadas debaixo das mantas com a casa a cheirar a especiairias...

Sim, já se percebeu que adoro o Outono, mas este Verão tão especial não merece ir embora sem uma despedida digna. Estes Pêssegos em Calda de Especiairas são isso mesmo. Como se a doçura do Verão e o conforto do Outono se juntassem num só para celebrar o fim de um ciclo e o ínício de outro.






...e quando o Inverno for alto, basta abrir um destes frasquinhos e saborear bem devagarinho estes últimos dias de Verão.

Ingredientes

3 Pêssegos maduros
550ml de Água
150g  de Açúcar Amarelo
2 fatias fininhas de Gengibre fresco
2 paus de Canela
2 estrelas de Anis
5 Cravinhos
3 vagens de Cardamomo
Manjerona, Iogurte e Amêndoas para servir (sugestão)

Preparação

Numa panela funda colocar a água, as especiarias (não esquecer de abrir as vagens de cardamomo), o gengibre e o açúcar.
Misturar bem e deixar levantar fervura.
Baixar o lume e deixar apurar, mexendo de vez em quando, até o açúcar se dissolver completamente. 
Entretanto fazer uma cruz no fundo de cada pêssego e colocá-los numa panela com água a ferver durante 5 minutos.
Transferir para uma taça com água fria  e deixar repousar por 1 minuto.
Escorrer e retirar a pele com uma faca.
Colocar os pêssegos na calda de especiarias e cobrir o tacho com uma folha de papel vegetal.
Tapar e deixar cozinhar por 20 minutos.
Retirar os pêssegos e deixar a calda apurar mais 10 minutos e coar para uma taça.

Para conservar

Colocar os pêssegos em frascos esterilizados e aquecidos, deixando 1 cm do topo e encher com a calda quente.
Tapar os frascos e coloca-los numa panela de forma a que não toquem uns nos outros.
Encher a panela com água quente até cobrir os 2,5 cm dos  frascos.
Deixar levantar fervura lentamente.
Ferver em lume brando 20 minutos.
Retirar os frascos com uma tenaz e apertar bem as tampas.
Após 24 horas verificar se foi criado vácuo e guardar num local fresco e escuro.
Conserva-se por 1 ano.

Para servir

Colocar os pêssegos e a calda numa travessa e salpicar com folhinhas de manjerona.
Servir depois em tacinhas individuais com iogurte natural e amêndoas torradas e grosseiramente picadas.


Adaptado do livro Conservas da editora DK.