fevereiro 12, 2013

Sopa Picante de Feijoca, Couve Galega e Batata Doce :: Spiced Lima Beans, Kale and Sweet Potato Soup


Please scroll down for English version

Quase a um mês da Primavera, o Inverno parece querer mostrar toda a sua força. Os dias andam gelados e bem cinzentões e por cá só apetece comidas quentes e reconfortantes, que espantem o frio dos ossos e aqueçam a alma. Como uma sopa. Mas daquelas cheias de personalidade, encorpadas e pedaçudas.

Esta conquistou-me ainda estava na panela e à primeira colher já estava completamente rendida, a sentir o frio a fugir enquanto me aconchegava mais e mais na manta. Perfeita. Numa só taça o conforto dos sabores de sempre com o toque quente de outros mais exóticos e distantes.

E, o melhor, é que todo este conforto quentinho vem recheado de coisas boas para nós. A combinação da feijoca com a couve, a batata doce e a espelta é uma poderosa bomba de nutrientes que nos vai ajudar nestes últimos dias de Inverno.  A feijoca, como qualquer outro feijão, é muito rica em proteínas, ferro, cálcio, vitaminas do complexo B, carboidratos complexos e fibras que combatem o mal colesterol. O cor-de-laranja da batata doce diz-nos que está carregada de anti-oxidantes como o beta-caroteno que o nosso organismo depois transforma em Vitamina A. A espelta, mais rica que o seu primo distante o trigo, é uma excelente fonte de minerais como magnésio, cobre e zinco. E a couve galega, a super couve do momento, é a mais nutritiva de todos os legumes de folha verde. A rebentar de vitamina K que promove a saúde dos ossos, regula a coagulação do sangue e combate a inflamação do organismo, de pró-vitamina A , óptima para a saúde da nossa visão e pele, e vitamina C, que já se sabe é maravilhosa para o nosso sistema imunitário. Contém ainda grandes quantidades de minerais como o cálcio (muito mais do que o leite) e o manganês e de fibras. Apesar de verdinha é também muito rica em carotenóides, anti-oxidantes que nos ajudam a prevenir doenças como o cancro e é super desintoxicante ajudando a limpar o fígado.

Incrível, não é? Como cabe tudo isto numa deliciosa taça de sopa!




Almost a month from Spring, Winter seems to want to show all of his strength. The days are icy cold, cloudy and moody and I just want to run to the kitchen to hot, comforting foods, which ward off the cold of the bones and warm the soul. To a soup. A chunky, strong and full of character soup.

This one conquered me still in the pot and by the first spoonful I was completely in love, feeling the cold slipping trough as I snuggled in the blanket. Perfect. In just on bowl the comfort of rusty flavors with the bold touch of others, exotic and distant.

And the best is that all this warm comfort comes packed with great things for us. The combination of the lima beans with kale, sweet potatoes and spelt is a powerful nutrient bomb that will help us in these last Winter days. The lima beans, like other beans, are rich in protein, iron, calcium, B vitamins, complex carbohydrates and fiber that fight bad cholesterol. The orange-colored sweet potatoes tells us that it is loaded with anti-oxidants, like beta-carotene, that the body later converts into Vitamin A. The spelt, richer than its distant cousin the wheat is an excellent source of minerals like magnesium, copper and zinc. And the kale, the super food of the moment, is the most nutritious of all green leafy vegetables. A burst of Vitamin K which promotes healthy bones, regulates blood clotting and fight inflammation in the bodies, pro-vitamin A, perfect for our  vision and skin health, and vitamin C, which we already know is wonderful for our immune system. It also contains large amounts of minerals such as calcium (much more than milk), manganese and fiber. Although green, it's s also very rich in carotenoids, anti-oxidants that help prevent diseases like cancer and is super detoxifier helping to cleanse the liver.

Amazing, right? How it all fits into a delicious bowl of soup!



Sopa Picante de Feijoca, Couve Galega e Batata Doce

Ingredientes (6-8 pessoas)
1 Cebola grande
2 dentes de Alho
2 Batatas Doces médias
95g Espelta em grão, se possível demolhada durante 8 horas
180g de Feijoca cozida
1/2 Pimento Vermelho
1 Malagueta Vermelha
1 molho pequeno de Couve Galega
1,4l Caldo de Vegetais (ou Água)
1 colher de sopa de Caril em pó
2 colheres de sopa de Azeite Extra-Virgem (ou Óleo de Coco, ou Ghee)
Pimenta Cayena
Pimenta Preta moída na hora
Sal Marinho

Preparação 
Assar o pimento no forno durante 30 minutos.
Entretanto picar a cebola, os alhos e a malagueta.
Lavar e esfregar as batatas doces e cortar em cubos deixando a casca.
Numa panela grande aquecer o azeite em lume brando.
Juntar a cebola e deixar refogar durante 5 minutos, mexendo de vez em quando, até que a cebola comece a amolecer.
Acrescentar o alho, a malagueta e a batata doce e misturar com a cebola.
Acrescentar o caril em pó e mexer até que os vegetais fiquem completamente cobertos.
Acrescentar a espelta escorrida e o caldo de vegetais.
Deixar levantar fervura, tapar a panela e reduzir o lume.
Deixar cozinhar por 20 minutos.
Acrescentar as feijocas, o pimento vermelho assado cortado em tirinhas, verificar os temperos e acrescentar sal e pimenta preta se necessário.
Tapar e deixar cozinhar mais 15 minutos.
Lavar e cortar a couve galega em tiras grossas, juntar à sopa com uma pitada de pimenta cayena.
Apurar mais 5 minutos e servir com um fio de azeite


Spiced Runner Bean, Kale and Sweet Potato Soup

Ingredients (serves 6-8)
1 large Onion
2 Garlic cloves
2 medium Sweet Potatoes

1 cup Spelt berries, if possible soaked for 8 hours and rinsed
2 cups cooked Runner Beans
1/2 Red Bell Pepper
1 Red Chilli
1 small bunch of Kale
6 cups Vegetable broth (or Water)
1 tbsp Curry powder
2 tbsp extra-virgin Olive Oil (or Coconut Oil or Ghee)
Cayenne Pepper
Black pepper freshly ground
Sea Salt

Directions
Roast the pepper in a hot oven for 30 minutes.
In the meanwhile chop the onion, garlic, and mince the red chilli.

Wash and scrub the sweet potatoes and chop them into cubes leaving the peal on.
In a large pot, heat the olive oil over medium heat.
Stir in the onion, add a pinch of salt and saute for five minutes, stirring occasionally, until the onion start to soften.
Add the garlic, red chilli and sweet potatoes and mix with the onion.
Stir in the curry powder until it completely coats the veggies.
Add the farro and the vegetable broth.
Bring to a boil, cover the pot and reduce the heat.
Let it simmer for 20 minutes.
Add the runner beans, the roasted and sliced red pepper, verify the seasoning and add salt and black pepper if needed.  
Cover and simmer for 15 minutes.
Wash and chop the kale, add to the soup and sprinkle it with a pinch of Cayenne Pepper.
Simmer form more 5 minutes and serve with a drizzle of olive oil.


Receita adaptada daqui e daqui. :: Recipe adapted from here and here.
Fontes nutricionais daqui, daqui e daqui. :: Nutritional sources from here, here and here.

fevereiro 08, 2013

Detox Weekend!

Please scroll down for English Version

A Sarah Britton voltou a espalhar a sua magia na maravilhosa e acolhedora Casa Vinyasa, num fim de semana inteiramente dedicado a limpar o corpo e a alma, com muito amor e risos pelo meio.

Foi o meu primeiro Detox e confesso que na viagem para baixo me acompanhou um grande onde-é-que-me estou-a-meter. Nunca me privei de comer o que me apetece, apesar de quase sempre me apetecer coisas bem saudáveis, e sabia que íamos comer pouco e bem levezinho. E verdade seja dita, fico assim meio para o bicho quando estou com fome!

Nos 3 dias antes de começar o fim de semana, era aconselhado irmos adoptando uma dieta totalmente vegan, ou seja sem qualquer produto animal incluindo ovos e laticínios (até aqui easy peasy) e deixando os doces e o café (nada, nada fácil este último!). Assim, a transição para o programa de Detox que a Sarah preparou para nós seria mais suave.

Já na Casa Vinyasa os dias começavam bem cedinho e às 8 da manhã já estávamos prontos para a prática de 2 horas de Ashtanga Yoga, guiados pela Isa numa sala inundada de sol. Depois seguia-se um pequeno intervalo em que descansávamos um pouco e bebíamos um chá enquanto esperávamos pelas palestras da manhã e o primeiro sumo do dia.

Depois da palestra da manhã começávamos a preparar o almoço, e aqui sim, senhoras e senhores, começava a verdadeira tortura! É que estar ali, só com um suminho na barriga, a ver a Sarah a preparar aquelas delícias todas não é nada fácil. E o cheirinho? Uuf! Só vos digo que quando nos sentávamos para comer era realmente difícil seguir o conselho da Sarah para comermos devagarinho, mastigando sempre muito bem.

A seguir ao almoço tínhamos um intervalo em que aproveitávamos para passear pelo parque, ler ou simplesmente descansar e reflectir na experiência que estávamos a viver. Quando voltávamos já tínhamos mais um suminho à nossa espera para começar as palestras e workshops da tarde. O dia terminava depois de um jantar bem levezinho, com uma sessão de Yoga Nidra, numa fantástica viagem de relaxamento conduzida pela voz suave da  Isa, acompanhados pelo crepitar da lareira acesa.






Nas palestras a Sarah partilhou connosco todos os seus conhecimentos sobre os processos de Detox. Essencialmente são limpezas aos nossos orgãos internos e são feitas desde o inicio dos tempos, o jejum total, por exemplo, era uma das formas de tratamento de várias doenças na antiguidade. Aliás, quem tiver amigos de 4 patas em casa sabe que sempre que ficam doentes uma das primeiras coisas que fazem é parar de comer. Um Detox, seja ele mais ou menos radical, é uma oportunidade fantástica para darmos ao nosso organismo um descanso, para que ele se renove e trate de tarefas que foi deixando para trás porque estava demasiado ocupado com o processo constante de digestão a que o submetemos. É também a altura para aproveitar para abrandar um pouco e refletir no nosso estilo de vida, nos nossos hábitos mentais e/ou físicos e ganhar força para fazer as mudanças que achamos necessárias.

No primeiro dia a Sarah falou-nos sobre a importância da saúde do nosso sistema gastrointestinal e como está directamente relacionada com a nossa saúde e sucesso dos processos de desintoxicação que o nosso corpo faz diariamente. E há coisas bastante simples que podemos fazer para o digerir como comer devagar, sem distrações e mastigar muito bem todos os alimentos. Até os líquidos! Isto desencadeia uma série de reações químicas que vai melhorar imenso o processo de digestão e absorção dos nutrientes. Falou-nos também sobre o equilíbrio do Ph do organismo, e como as doenças prosperam em ambiente mais ácido sendo muito importante manter os nosso órgãos ligeiramente mais alcalinos tenho uma dieta muito rica em alimentos que deixem um rasto alcalino (conto poder-me alargar mais sobre este assunto brevemente) e cultivando uma atitude mais positiva e relaxada perante a vida.

No domingo vimos os vários tipos de programas Detox, desde o jejum total, aos programas só a base de sumos ou batidos, aos deste género mais sauve em que retiramos alguns alimentos da nossa dieta como os cereais, frutos secos e leguminosas mas continuamos a ingerir comida sólida e como entrar progressivamente neles e como sair. Porque tão importante como o Detox em si é o que fazemos a seguir a ele. Ou acham que depois era só empaturrar e comer tudo aquilo em que andámos a sonhar durante o programa? Pois, pois... Sabem quando acabamos de limpar a nossa casa, deixamos tudo num brinquinho e até temos pena de voltar a sujar? É mais ou menos isso! Quando saímos de um Detox, todos os nossos orgãos estão bem limpinhos, prontos a começar de novo e por isso convém que as primeiras coisas que ingerimos sejam simples de digerir. Depois há medida que os dias passam podemos ir introduzindo cada vez mais alimentos, até mais ou menos o 7º dia em que podemos voltar a comer normalmente.

Foi uma experiência super enriquecedora, com uma partilha humana que só se consegue nestes momentos tão especiais. Não vos vou esconder que também teve alturas menos fáceis em que a minha mente se enchia de pensamentos pecaminosos e delirava, entre outras coisas, com um grande quadrado de chocolate bem negro e amargo! ;) Mas depois de ultrapassados esses delírios era surpreendente ver como me sentia bem!

Um obrigada do tamanho do Mundo à Isa por nos fazer sentir tão em casa, à Liz e à Ana, as incansáveis ajudantes nos comandos da cozinha e claro, à Sarah por partilhar connosco mais uma vez a sua apaixonante e inspiradora energia. Pura magia! *














Once again Sarah Britton spread her magic at the wonderful and welcoming Casa Vinyasa, in a entire weekend dedicated to cleaning the body and soul with lots of love and laughter in the between!

It was my first Detox and I must confess that I was feeling a big what-am-I-getting-into while I was going to Lisbon. I've never deprived myself from eating what I want, although I almost always feel like having healthy things, and I knew that we were going to eat really light. And truth be told, I become a little diva when I'm hungry!

3 days before starting the weekend we should slowly adopt a completely vegan diet , meaning no animal products including eggs and dairy (so far easy peasy) and quitting sweets and coffee (and this last one was the real challenge). Thus, the transition to the Detox program would be much smoother for our body.

At Casa Vinyasa the days began bright and early! At 8 am we were ready to the 2 hours Ashtanga Yoga practice, led by Isa in a room flooded with sunlight. Then ensued a short break where we could rest a bit and drink some tea while we waited for the morning lectures and the first juice of the day

After the morning lectures it was time to prepare the lunch, and here, ladies and gentlemen, the real torture began! To sit there, with just a juice in our belly, seeing Sarah prepare all those delicious things, was not easy. And the smell? Uuf! As you can imagine, by the time we sat down to eat our mouths were watering completely! It was really, really hard to follow Sarah's advice to eat slowly, always chewing well.


After lunch we had a break in which we could take a walk through the park, read or simply sit back and reflect on the experience we were living. As we returned there was another juice waiting for us to start the afternoon lectures and workshops The day ended after a light dinner, with a session of Yoga Nidra, a fantastic journey of relaxation led by Isa's soothing voice, accompanied by the crackling fire of the fireplace.



























































In the lectures Sarah shared with us her knowledge about the Detox processes. These cleanses are made from the beginning of time, and complete fasting was a way of treating various diseases in the ancient days. Who has 4 legged friends at home knows what I'm talking about, as whenever they get sick the first thing they do is stop eating. A Detox, more or less radical, is a fantastic opportunity to give our body a rest, so it can renew itself and take care of some other tasks that are left behind by the constant digestion process that we submit it to. It's also the perfect time to slow down a bit and reflect on our lifestyles, our mental and/or physical habits and gain strength to make the changes we think are necessary.

On the first day, Sarah talked about the importance of our gastrointestinal system health and how it is directly related to our health in general and success of the daily detoxification processes that our bodies goes trough. There are simple things we can do to help our bodies in the digestion process like eating slowly, without distractions and really chew all the foods. Even the liquids! This starts a series of chemical reactions that will greatly improve the digestion and nutrients absorption. We also talked about the Ph balance of the body, as no disease can survive in a acidic environment and how important it is to keep our organs in a slightly more alkaline state with a diet rich in minerals and foods that leave a alkaline trail (I mean to extend more on this subject soon) and cultivating a more positive and relaxed attitude towards life.

On Sunday we saw the different types of Detox programs, from complete fasting, juices and smoothies fasts to this lighter genre we did in which we take some foods out of our diet such as cereals, nuts and legumes but continue to eat solids, and how to progressively start a Detox program and how to get out. Because as important as the Detox itself, is what we do after to it. Yes... No binge fest allowed! You know when you just clean your house, leaving everything spotless? Well, it's almost the same after you do a Detox as all our organs are super clean, ready to start over and so it is very important that the first things you eat are really simple and easy to digest. Then as the days go by, we can slowly introduce more foods, until about the 7th day when we can go back to eating normally.

It was a super enriching experience with a level of human sharing that you only get with these special moments. But I'm not gonna hide that it also had some less easy moments when my mind wondered with very sinful thoughts about a large bitter dark chocolate square! ;) But when I overcame these delusions it was amazing to see how well and full of vitality I felt.

A thank you the size of the World to Isa for making us feel so at home, to Liz and Ana, the tireless assistants in the kitchen commands and of course, to Sarah for sharing with us once again her passionate and inspiring energy. Pure magic! *

--

E claro, não podia terminar sem deixar um obrigada também, a todos vocês pela onda gigante de Amor com que me inundaram em resposta ao meu desabafo. Quando o escrevi nunca imaginei que iria receber tanta força e carinho da vossa parte. Não imaginam o que siginficou para mim ler todas as vossas mensagens. Obrigada. A melhor família de cozinheiros do mundo inteirinho! 


janeiro 29, 2013

Desabafos

Nos últimos dias vi-me a par com uma situação que me deixou o coração pesado como chumbo. Houve alguém que me interpretou mal e deturpou aquilo que considero ser uma das minhas maiores inspirações, na cozinha e no meu desenvolvimento pessoal. Fiquei realmente muito triste, pois nunca o escondi de ninguém e até sempre fiz questão de o demonstrar. Sempre. Porque faz parte da minha maneira de ser e dos valores em que acredito e porque pensei que mostrando-vos as minhas inspirações estaria a vos inspirar também.

Pensei muito se deveria ou não escrever estas palavras, até porque a situação foi rapidamente esclarecida com muito amor e grandeza de espírito, e sei que não vale a pena dar-lhe mais importância mas parece que só vou mesmo conseguir ultrapassá-la assim... Quando criei o Passe Vite nunca tive grandes pretensões, nunca imaginei que iria mudar a minha vida da maneira que mudou e também nunca me afirmei como chef. Tenho muita pena que tenha havido alguém com necessidade de fazer o que fez, inventando coisas que não são verdade e criando uma onda de energia negativa, mas continuo a acreditar que a grande maioria de vocês me conhece e gosta sinceramente do que vou fazendo por aqui. Sinto, todos os dias, o quentinho do vosso carinho e apoio. Desculpe, o tom cinzento deste desabafo. Para mim o Passe Vite é muito mais que um blogue de receitas, é aqui que vou partilhando pedacinhos de mim e não conseguiria continuar sem tirar este peso do meu coração...



janeiro 25, 2013

Fabulous Fermentation Week!

Please scroll down for English version

A Eleanore e a Sarah, as mentes brilhantes por de trás do Earthsprout e do My New Roots, tiveram uma ideia fantástica... Espalhar aos quatro cantos do mundo as maravilhas dos alimentos fermentados. Em alto e bom som! Para isso convocaram a ajuda de todos os healthy foodies por aí e criaram esta Fabulous Fermentation Week! E o timing não podia ter sido melhor... Andava para vos falar deste tema há algum tempo!

Alimentos fermentados? Aposto que há por aí muitas testas a franzir e sobrancelhas a levantar! E se vos falar em iogurtes, queijo e vinho? Sim, se calhar são as formas mais populares de alimentos fermentados e os super mercados estão cheios de alimentos que dizem ser probióticos. O problema é que todas estas coisas que estamos mais habituados a ver estão normalmente carregadas de açúcares, corantes, conservantes e muitas são até pasteurizadas o que mata todas as bactérias boas que procuramos num probiótico... Eu sei... A lógica do mundo moderno também me confunde!

Estou a ir muito depressa?

A fermentação é um processo de transformação natural que envolve milhares de pequenas bactérias. Eu sei que normalmente associamos a palavra bactéria a algo mau de que devemos fugir. Ora acontece que algumas bactérias são na verdade muito nossas amigas, até mesmo quando as ignoramos e as pomos no mesmo saco que as suas familiares mais problemáticas! Melhoram o nosso sistema digestivo, ajudando-nos a produzir enzimas, a decompor proteínas e a absorver todas as vitaminas, anti-oxidantes e nutrientes dos outros alimentos que ingerimos e regularizam os intestinos. E se tudo isto estiver a funcionar como deve ser imaginem o que é isto faz ao nosso sistema imunitário, pele e ossos! Para não falar no que acontece aos níveis de açúcar e mau colesterol! Gosto muito deste texto do Francisco Varatojo que diz que "o sistema digestivo é o nosso sistema mais básico – é a partir deste que criamos o sangue que vai ser filtrado e transformado pelos órgãos do sistema circulatório e depois usado pelos sistema nervoso" e onde ele faz uma analogia entre as raízes de uma planta e o nosso intestino "Uma planta com raízes fortes e um bom solo cresce forte e saudável, da mesma forma que uns intestinos saudáveis criam seres humanos saudáveis".

Quanto mais variedade de alimentos fermentados ingerimos melhor, assim a nossa flora intestinal fica bem diversificada e o nosso sistema digestivo torna-se numa grande e alegre família. A sorte é que há um sem fim de alimentos fermentados que podemos escolher: iogurte natural, kefir, miso, tempeh, pickles, vinagre de cidra, chucrute, kimchi... Mas se optarem por comprar escolham sempre uma boa loja de produtos naturais, vejam os ingredientes e certifiquem-se que não foram pasteurizados!

Agora, toca a fermentar! É bem mais simples do que estão a pensar! A minha única recomendação é que usem produtos de muito boa qualidade e sempre biológicos. Neste post mostro-vos como fazer Pickles de Rabanetes e como os podem usar uma colorida Salada de Acelga Vermelha com Tangerina.

Ah! E não se esqueçam de espreitar o Earthsprout e o My New Roots para verem todas as ideias magníficas que surgiram durante esta semana!





Eleanore and Sarah, the brilliant minds behind the Earthsprout and My New Roots, had this fantastic idea ... Spread the wonders of fermented food to the four corners of the world. Loud and clear! So they summoned the help of all healthy foodies out there and created this Fabulous Fermented Week! And the timing could not have been any better ... I've been meaning to talk about this goodies for some time!

Fermented food? I bet I raised lots of eyebrows, didn't I? What if I talked about yogurt, cheese and wine? Yes, maybe they're the most popular forms of fermented foods and all of the super-markets are full of foods that claim to be probiotics. The problem is that all of these things we are more accustomed to see, are usually loaded with sugars, food dyes, preservatives and many are even pasteurized which kills all the good bacteria that we look for in a probiotic ... I know ... The logic of the modern world confuses me too!

Am I going too fast?

Fermentation is a natural transformation process involving thousands of tiny bacteria. I know we normally associate the word bacteria with something bad that we should flee away. It just so happens that some bacteria are actually our friends, even when we ignore them and put them in the same sac as their problematic relatives! This little guys help us regulating our bowels and improve our digestive system, producing enzymes that break down complex proteins and improve absorption of all the vitamins, antioxidants and other nutrients from the food we eat . Now, if everything is working as it should, imagine what this does to our immune system, skin and bones! Not to mention what happens to the levels of bad cholesterol and sugar! I recomend this text (in Portuguese) where Francisco Varatojo says that "the digestive system is our most basic system - it's here that our blood is created to be filtered and transformed by the circulatory system organs and then used by the nervous system" and where he draws an analogy between the roots of a plant and our intestines "a plant with strong roots and good soil grows healthy and strong, just like a healthy intestines create healthy humans."

The more variety of fermented foods we eat the better, so our intestinal flora gets well diversified and our digestive system becomes one big, happy family. Luckily there are endless fermented foods from which we can choose: plain yogurt, kefir, miso, tempeh, pickles, cider vinegar, sauerkraut, kimchi ... If you choose to buy them, make sure you go to a really good health food store, don't forget to look at the ingredients and please certify that they weren't pasteurized!

Now, let's get fermented! It's much simpler than you're thinking! My only recommendation is that you should always use good organic products. In this post I'll show you how to make Pickled Radishes and how they can be used on a colorful Red Chard Salad with Tangerine

Oh! And don't forget to take a peek at Eartsprout and My New Roots to see all the wonderful ideas that came up during this week!

--

Pickles de Rabanetes 

Ingredientes
250 g de Rabanetes
1 Cebola Roxa pequena
2 dentes de Alho
250 ml de Vinagre de Cidra

1/2 colher de sopa de Pimenta Preta em grão
1/2 colher de sopa de Sementes de Mostarda

Sal Marinho
Tomilho fresco

Preparação
Lavar bem os rabanetes, esfregando a casca, e cortá-los em rodelas fininhas.
Cobrir uma taça (de loiça ou de plástico) com sal, dipôr as rodelas de rabanetes e cobrir com outra camada de sal.
Repetir o processo até acabarem os rabanetes, terminando com uma camada de sal.
Tapar com um pano limpo e deixar repousar à temperatura ambiente de um dia para o outro.
Lavar o sal dos rabanetes em água morna e colocá-los num frasco esterilizado.
Descascar a cebola e os alhos, cortar a cebola em rodelas e esmagar ligeiramente os alhos e colocar tudo no frasco.
Numa taça misturar o vinagre de cidra com a pimenta em grão e as sementes de mostarda.
Verter o vinagre para o frasco até tapar completamente os rabanetes.
Colocar um raminho de tomilho e fechar.
Os pickles estão prontos em 24 horas, mas se deixarem mais tempo mais fermentam e mais sabor ganham.
Quando abrirem o frasco vão ouvir um barulho semelhante a uma pequena explosão! Não se assustem. É bom sinal! Quer dizer que a fermentação correu bem e que está cheio de bactérias nossas amigas!
Depois de aberto, os pickles duram 1 mês.


Radish Pickle

Ingredients
250 g Radishes
1 small Red Onion 
2 Garlic cloves
1 cup Apple Cider Vinegar

1/2 tbsp Black Peppercorns
1/2 tbsp Mustard Seeds

Sea Salt
Fresh Thyme

Directions

Wash the radishes, rubbing the peel and cut them into thin slices.
Cover a bowl (ceramic or plastic) with salt, spread the sliced ​​radishes and cover with another layer of salt.
Repeat the process until there radishes, ending with a layer of salt.
Cover with a clean towel and allow to stand at room temperature overnight.
Wash off the salt in lukewarm water and place them in a sterilized jar.
Peel the onion and garlic, slice the onion into slices and lightly crush the garlic and put it in the jar.
In a bowl mix the cider vinegar with peppercorns and mustard seeds.
Pour the vinegar into the jar until it completely covers the radishes.

Place a sprig of thyme and cover.
The pickles are ready in 24 hours, but the more you leave them the more they ferment gaining even more flavor.
When you open the jar you'll hear a noise similar to a small explosion! Do not worry. It's a good sign! It means that the fermentation process went really well and that is full of our little bacteria friends!
Once opened, the pickles will last 1 month.




Salada de Acelga Vermelha com Tangerina e Pickles de Rabanetes 

Ingredientes (para 2 pessoas)
150 g de folhas de Acelga Vermelha
10 rodelinhas de Pickles de Rabanetes
2 Tangerinas
1 Cebola Roxa

2 colheres de sopa de Azeite
1 colher de sopa de Sumo de Limão
1/2 colher de chá de Mel (ou xarope de Ácer para uma opção vegan)
1 colher de chá de Mostarda
1/2 colher de sopa de Sementes de Papoila
Sal Marinho
Pimenta Preta moída na hora

Preparação
Numa taça misturar bem todos os ingredientes do molho.
Lavar as folhas da acelga e colocar numa saladeira.
Acrescentar os rabanetes, as tangerinas descascadas e em gomos e a cebola cortada em rodelas.
Verter o molho e envolver suavemente com as mãos.


Red Chard Salad with Tangerine and Pickled Radishes

Ingredients (for 2)
150 g Red Chard leaves
10 Pickled Radishes slices
2 Tangerines
1 Red Onion

2 tbsp Olive Oil
1 tbsp Lemon Juice
1/2 tsp Honey (or Maple Syrup for a vegan opcion)
1 tsp Mustard
1/2 tbsp Poppy Seeds
Sea Salt 
Freshly ground Black Pepper

Directions
In a bowl combine all of the dressing ingredients together.
Wash the chard leaves and put them in a salad bowl.
Add the pickled radishes, the tangerine wedges and the sliced red onion.
Pour over the dressing and fold gently with your hands.


::


O Passe Vite está na corrida para o Blogue de Culinária do Ano! Quem quiser votar pode fazê-lo uma vez por dia na categoria "Culinária / Gastronomia", aqui. Obrigada! 

Passe Vite is running for Culinary Blog of the Year! If you want to vote, you can do it once a day, in the category "Culinária / Gastronomia", here. Thank You! 


janeiro 24, 2013

Nas Bancas!!






























E aconteceu outra vez! O Passe Vite voltou às bancas! E à terceira o efeito continua a ser o mesmo... Um friozinho na barriga enquanto vou buscar a revista e um sorriso rasgado de orelha a orelha, enquanto volto para casa a planar as uns bons metros do chão!

Tudo começou nos primeiros dias do ano quando atendi o telefone e do outro lado estava a inconfundível voz da Sofia Carvalho. Sim... A talentosa e sempre bonita apresentadora do "Querido, Mudei a Casa",  agora também directora da revista ACTIVA. Super simpática e com palavras deliciosas sobre o Passe Vite (e eu claro, a tentar esconder um gigantesco esta-conversa-está-mesmo-a-acontecer-?),  fez-me uma proposta. Criar e fotografar duas receitas para a edição de Fevereiro, com um toque romântico já que é o mês dos Namorados. E propostas assim só têm mesmo uma resposta, não é? ;)

Fiquei logo a mil, e depois dos tradicionais rodopios pela casa (desconfio que se isto continua a acontecer, os vizinhos fazem um abaixo assinado!), já era completamente impossível controlar a corrente de ideias gulosas que me passavam pela cabeça. Uma coisa era certa, queria que fossem super saudáveis!

Decidi-me por uma Mousse de Frutos Silvestres inspirada numa de Mirtilos que aprendi com a Sarah Britton. Deliciosamente simples, vegan e raw! Para a outra receita pensei em fazer uns Macarons. De Avelã com Ganache de Cacau Cru... Eu sei... Um bocadinho (coisa pouca) intimidativo! Depois de muita investigação e algo amedrontada lá fui para a cozinha para aquela que considero a minha maior aventura culinária até hoje. É que ao que parece, estes biscoitinhos amorosos, são mesmo das coisas mais difíceis de fazer e eu resolvi torná-los praticamente impossíveis quando os quis fazer sem açúcar! O resultado... Fiquei com dezenas de medalhinhas, deliciosas, é certo, mas mais lisas que uma planície! Uma chatice para as comer todas!

Claro que depois deste desastre, e com o prazo de entrega a apertar, tive de pensar rapidamente noutra solução e resolvi manter o tema da Mousse fazendo uns Brownies de Chocolate, vegan e raw, que me andavam debaixo de olho. Com um toque picante da Pimenta Rosa, que afinal a coisa quer-se romântica para a ocasião. Só vos digo... Escandalosamente deliciosos!

Ao que parece vamos ter um Dia dos Namorados bem saudável, cru e simples! Mais tarde hei-de colocar aqui as receitas também, mas os mais gulosos podem ir já a correr comprar uma ACTIVA e espreitar estas deliciosas sugestões!

Falta claro, deixar aqui o meu GRANDE agradecimento à Sofia Carvalho, à Cíntia Sakellarides e a toda a revista pela fantástica oportunidade de trabalhar convosco! Estou completamente nas nuvens! Obrigada! *


::


O Passe Vite está na corrida para o Blogue de Culinária do Ano! Quem quiser votar pode fazê-lo uma vez por dia na categoria "Culinária / Gastronomia", aqui. Obrigada! 

janeiro 18, 2013

Sal de Tomilho e Limão :: Lemon Thyme Salt



Please scroll down for English version

Quando encontrei este frasquinho de Flor de Sal soube que tinha encontrado uma das prendas da minha mãe. É que se há coisa que ela gosta é dos sabores bem salgadinhos! Depois foi só lhe dar um toque especial... Com raspa de limão e tomilho porque não conheço melhores amigos que o limão e o tomilho. Simples, eu sei. Mas para mim as melhores coisas são assim.

A Flor de Sal provém de uma fina película de cristais que se forma à superfície da salina, recolhida artesanalmente nos meses mais quentes do ano. Destaca-se do restante sal pela sua pela brancura, sabor e forma dos pequenos cristais. Deve ser usada após a confecção dos alimentos e como tem um sabor mais intenso podem usar em quantidades bem mais pequenas que o sal normal. Boas notícias para as tensões altas! Fica perfeita em grelhados, saladas e nem vos conto o que faz quando pomos um pouquinho numa sobremesa!




When I found this little flask of Fleur de Sal I knew I had found one my mother's gifts. She just loves salty flavors so I could't think of anything better! With a special touch, of course... Like Lemon Zest and Thyme because there's no better friends than this two. Simple, I know. As all great things are. 

Fleur de Sal comes from a thin film of crystals that forms on the saline's surface, hand harvested in the warmer months of the year. It stands out from the rest of the salt by its pure white, intense flavor and shape of the crystals. Fleur de Sal should be used after the food is cooked and as it has a great flavor concentration you can use smaller quantities than regular salt. Good news for high blood pressures! It's perfect for grilled veggies, salads and and I don't even tell you what a little bit of it does to a dessert!




Sal de Tomilho e Limão

Ingredientes
200 gr de Flor de Sal
1 Limão grande, biológico
1 colher de sopa Tomilho fresco

Preparação
Raspar finamente o limão.
Numa taça misturar a flor de sal, com a raspa de limão e as folhinhas de tomilho.
Guardar num frasco esterilizado, tapar e deixar apurar alguns dias antes de abrir


Lemon Thyme Salt

Ingredients
1 1/3 cup Fleur de Sal
1 big Lemon, organic
1 tbsp fresh Thyme

Directions
Zest the lemon.
In a bowl mix fleur de sal, with the lemon zest and thyme.
Store in a sterlized flask and let it rest for a few days before using.


::


O Passe Vite está na corrida para o Blogue de Culinária do Ano! Quem quiser votar pode fazê-lo uma vez por dia na categoria "Culinária / Gastronomia", aqui. Obrigada! 

Passe Vite is running for Culinary Blog of the Year! If you want to vote, you can do it once a day, in the category "Culinária / Gastronomia", here. Thank You! 


janeiro 16, 2013

Frutos Secos Caramelizados com Mel :: Honey Caramelized Nuts


Please scroll down for English version

Todos os anos por altura do Natal, o Rossio de Viseu enche-se de umas castiças cabaninhas de madeira num aconchegante mercadinho de produtos regionais. E todos os anos os meu irmão gosta de lá passar para comprar nozes caramelizadas a um senhor que as faz em casa. Deliciosas mas cheinhas de açúcar!!

Este Natal quis-lhe fazer uma versão mais saudável e ofereci-lhe um saquinho destes Frutos Secos Caramelizados com Mel. Claro que foi impossível não ir roubando do tabuleiro enquanto arrefeciam! Crocantes e deliciosamente pegajosos ao mesmo tempo, com um subtil toque de cayena que faz toda a diferença. Tenho de fazer um tabuleiro para mim rapidamente!

São óptimos enquanto snack por si só, mas deixaram-me a sonhar com outras coisas boas... Só os consigo imaginar em cima de um iogurte natural e fruta fresca, em papinhas de aveia e parece-me que encontrar um ou outro numa salada deve ser simplesmente divinal!



Every year, at Christmas, the Viseu Rossio becomes this little cozy market place with the cutest wooden huts selling regional products.  And every year my brother likes to stop by and get some caramelized walnuts that an old man makes at home. Delicious but filled with sugar!!

For this Christmas I wanted to make him a healthier version like this Honey Caramelized Nuts. So good that it was impossible not to steal from the tray while it cooled! Crispy and deliciously gooey at the same time, with a subtle touch of cayenne that makes all the difference. I definitely have to make a batch for myself! And soon!

This nuts are great as a snack by themselves but they left me dreaming of some other delicious things... I can't stop thinking of them topping a natural yogurt with some fresh fruit, an oatmeal breakfast and it seems to me that finding one or other in a salad must be heaven!



Frutos Secos Caramelizados com Mel

Ingredientes
140gr de Frutos Secos (usei Nozes, Amêndoas e Avelãs)
1 colher de sopa de Mel (ou Xarope de Ácer para uma versão vegan)
1 colher de sopa de Malte de Cevada
1/3 colher de chá de Pimenta Cayenna
1 pitada de Sal Marinho

Preparação
Ligar o forno para ir aquecendo e forrar um tabuleiro com papel vegetal.
Num tachinho aquecer o mel e o malte de cevada juntamente com a pimenta cayena e o sal, misturando sempre até que fique mais líquido.
Picar grosseiramente os frutos secos e colocá-los numa taça.
Verter o mel sobre os frutos secos e misturar até que fiquem totalmente cobertos.
Espalhar os frutos secos no tabuleiro e levar ao forno por 15 minutos, mexendo de vez em quando.
Deixar arrefecer completamente antes de guardar num recipiente hermético.



Honey Caramelized Nuts

Ingredients
1 cup of Nuts (I used Walnuts, Almonds and Hazelnuts)
1 tbs Honey (or Maple Syrup for a vegan version)
1 tbs Barley Malt
1/3 tsp Cayenne Pepper
Dash of Sea Salt 

Directions 
Preheat oven and line a large baking tray with parchment paper.
In a small pan heat the honey, barley malt, cayenne and salt, stirring until it starts to thin.
Roughly chop the nuts and put them in a bowl.
Pour the honey mix and mix to cover all the nuts.
Spread the nuts on the baking tray and bake for 15 minutes, stirring occasionally.
Let cool completely before store in a airtight container.


Adaptado daqui. Adapted from here.


::


O Passe Vite está na corrida para o Blogue de Culinária do Ano! Quem quiser votar pode fazê-lo uma vez por dia na categoria "Culinária / Gastronomia", aqui. Obrigada! 

Passe Vite is running for Culinary Blog of the Year! If you want to vote, you can do it once a day, in the category "Culinária / Gastronomia", here. Thank You!