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novembro 08, 2012

Fall Goodies!









Eu sei que o Outono não é das estações com mais amigos por aí, e até percebo, os dias cada vez mais pequenos, o céu cinzento, o frio a instalar-se devagarinho, anunciando o Inverno... Mas no meio disto tudo encontro-lhe encantos irresistíveis e muitos, claro, andam de volta dos tachos!

É a época dos legumes de raiz, das folhas verdes escuras e dos cogumelos, das abóboras e das castanhas, de uma imensidão de frutas como uvas, figos, pêras, maçãs romãs, dióspiros e todo o tipo de citrinos. Todos com uma missão em comum: darem-nos o que mais precisamos para resistir às temperaturas frias e dias escuros.

Podíamos ficar aqui dias a fio a falar de cada um deles e das suas infinitas propriedades mas como minha última obsessão são os legumes de raiz quero vos contar tudinho sobre estes meninos. Podem não ser os mais bonitos do mercado, mas eu gosto deles assim, tortos, sujos e cheios de carácter. Para mim são como pedras preciosas ou tesouros perdidos, ali debaixo da terra à espera que alguém os descubra.

Tecnicamente só são considerados legumes de raiz aqueles que têm raízes tuberosas (raízes dilatadas que armazenam os nutrientes da planta) como as beterrabas, cenouras, rabanetes, pastinacas e os nabos. Mas é comum alargar o termo a todos os legumes que cresçam no subsolo, sejam bolbos como a cebola e o alho, rizomas como o gengibre e a curcuma ou tubérculos como as batatas.

Devido às suas características, podem sobreviver a temperaturas extremas e são de um valor inestimável para a alimentação em invernos rigorosos e climas mais frios, quando pouco ou nada consegue crescer. Estas raízes foram mesmo a solução para muitas culturas ao longo dos períodos mais complicados da História salvando-as da fome. Há até relatos de terem servido como uma importante moeda de troca na Rota da Seda na altura dos descobrimentos.

Apesar de cada um dos legumes de raiz ter a sua própria composição nutricional, todos eles funcionam como um cofre blindado para a planta, guardando tudo o que ela mais necessita  para crecer: vitaminas, minerais, fitonutrientes, carboidratos complexos e fibras. As boas notícias são que nós também podemos aproveitar estes pequenos cofres nutritivos. Conseguem imaginar os benefícios destas coisas todas para a saúde humana? 

Mas o que é isso de carboidratos complexos e fitonutrientes? Os carboidratos complexos têm uma digestão mais lenta prolongando a sensação de saciedade. E são ainda mais eficazes quando são consumidos com as suas amigas fibras! Os fitonutrientes incluem poderosos antioxidantes que combatem radicais livres no nosso corpo. Estão associados à cor do vegetal, quanto mais intensa mais fitonutrientes ele contém. Estão a ver aquele fúscia vibrante das beterrabas? E o laranja brilhante das cenouras? Só podem querer dizer coisas boas!

E no fim de contas sempre se ouviu dizer que a cenoura faz bem ao olhos! Quem é que daqui se atreve a duvidar da eterna sabedoria das avós?


Fontes aqui, aqui, aqui e aqui.


janeiro 24, 2012

Couve Roxa com Frutos Secos

Para este fim de semana tinha mil e um planos, entre os quais um bolo de cenoura e umas panquecas, mas não sei se repararam, a Primavera anda a querer aparecer. E com dias assim sabe tão bem trocar as voltas ao que está planeado! Assim, foi um fim de semana de amizade e loucuras, sol e esplanadas e muito pouca cozinha...




Por isso hoje, e de fotossíntese feita,  trago-vos um petisco que já andava para vos falar há algum tempo:  Couve Roxa com Frutos Secos. A primeira vez que comi foi numa tasquinha gourmet muito simpática que há em Viseu e nem queria acreditar como uma coisa tão simples se torna tão deliciosa! Têm de experimentar para verem o quero dizer. É simplesmente divinal! Uma aventura bem colorida a combinar com estes dias de Primavera antecipada e perfeita para acompanhar uns Bifinhos de Seitan com Molho de Mel e Mostarda. Ah! E se sobrar podem sempre aproveitar para fazer as Tacinhas de Batata Doce.


Ingredientes (para 4 pessoas)

1/2 Couve Roxa
5 Dentes de Alho
30g de Frutos Secos grosseiramente picados (usei Nozes, Avelãs, Amêndoas e Pinhões)
Vinho Branco
Azeite
Sal Marinho
Pimenta Preta moída na hora
Salsa para servir


Preparação

Lavar a couve e cortar as folhas em tiras tipo juliana grossa.
Colocar numa panela com água a ferver temperada com o vinho branco, um dente de alho esmagado, sal e pimenta e deixar cozer.
Saltear o restante alho (previamente picado) em azeite e juntar as tiras de couve cozidas e os frutos secos. Deixar apurar durante 20 minutos em lume brando juntando de vez em quando um pouco da água onde se cozeu a couve.
Servir salpicado de salsa picada.


julho 15, 2011

Tacinhas de Batata Doce, Couve Roxa e Frutos Secos

Em tempos vi num programa uma receita de Batata Doce recheada com Espinafres que me ficou na cabeça. Resolvi experimentar com um estufado de Couve Roxa e Frutos Secos que provavelmente se vai tornar num clássico cá de casa. Lá meti mãos à obra e depois de algumas peripécias com a casca das batatas o resultado foi mesmo estas Tacinhas de Batata Doce, Couve Roxa e Frutos Secos. Questões técnicas à parte devo dizer que ficaram deliciosas! True Confort Food!


Ingredientes (para 2 pessoas)

2 Batatas Doces
30g de Queijo Fundido (tipo Philadelphia)
5 folhas de Couve Roxa
2 Dentes de Alho
20g de Frutos Secos (usei Nozes, Avelãs e Pinhões)
Vinho Branco
Sal e Pimenta


Preparação

Lavar bem as batatas e coloca-las inteiras e com casca no forno durante cerca de 1 hora. Pode-se ir verificando a cozedura com um palito.
Entretanto cortar as folhas de couve em tiras (tipo juliana grossa), colocar numa panela com água a ferver temperada com vinho branco, sal e pimenta e deixar cozer.
Saltear o alho (previamente picado) em azeite e juntar as tiras de couve cozidas e os frutos secos. Deixar apurar durante 10 minutos em lume brando juntando de vez em quando um pouco da água onde se cozeu a couve.
Cortar as batatas ao meio (no sentido longitudinal) e com uma colher retirar o miolo.
Misturar o miolo das batatas e o queijo fundido esmagando com um garfo até fazer um puré. Juntar o estufado de couve roxa, colocar em tacinhas e levar ao forno cerca de 15 minutos.


Para os mais habilidosos: como disse a receita que vi era de batatas recheadas. Para isso é "só" retirar o miolo da batata sem estragar a casca. Eu, desta vez não consegui, mas vou voltar a tentar. Pelo aspecto que vi deve ser óptimo!