novembro 27, 2024

Massa com Molho de Abóbora e Tofu





Esta receita de massa com um molho cremoso de abórora e tofu, é a epítome de confort food. Rica, nutritiva, cheia de sabores e várias texturas diferentes... Per-fei-ta!

É uma receita simples, apesar de ter alguns elementos e ter o toque fancy da sálvia crocante e os chips de coco, que são opcionais claro mas que elevam esta receita a outro patamar. Fica pronta em 30 minutos e acontece praticamente tudo na mesma firgideira e a construção do sabor do molho começa logo com um azeite deliciosamente perfumado com a sálvia. Podes fazer o molho em mais quantidade e depois ires cozendo massa nos dias seguintes se quiseres repetir esta maravilha.




O primeiro passo é então fritar as folhas de sálvia até que fiquem crocantes e reservar para decorar o prato no final. Depois nesse mesmo azeite aromatizado vamos dourar o tofu temperado com paprika fumada e de seguida saltear cebola, alho até ficarem macios e acresentamos a abóbora, cajus e o tofu dourado. Fica tudo a cozinhar lentamente num caldo de vegetais* para um toque extra de sabor. Equanto isso fazemos os chips de coco fumado, irresistiveis a lembrar o crocante e sabor intenso do bacon, mas numa versão totalmente plant-based. É só misturar todos os ingredientes e levar ao forno por 10 minutos e ficas com um dos melhores toppings crocantes para as tuas refeições.

Quando a abóra estiver bem macia, colocamos tudo num liquidificador, juntamos levedura nutricional, miso e uma pitada de noz moscada e transformamos tudo num molho super cremoso, aveludado e cheio de umami!
Depois é só envolover com a massa cozida, servir num prato fundo e salpicar com o coco e a sálvia. Cada garfada é uma explosão de contrastes: o cremoso, o crocante, o doce, o fumado... Tudo junto numa massa que vai aconchegar-te até à alma!

Algumas notas: 

Podes usar abóbora hokkaido que é super docinha, tenra e não precisa de ser descacada ou abóbora manteiga que sugiro descascar por ter uma casca mais grossa.

O caldo de vegetais é das melhores formas de aumentares o sabor das tuas receitas. Eu faço o meu usando cascas e outros pedacinhos de vegetais que vou guardando num saco no congelador. Depois quando quero fazer caldo, fervo tudo por 1 a 2 horas e coou. Às vezes acrescento outros ingredientes como algas, especiairias, ervas aromáticas, cogumelos desidratados... Só não gosto de usar sal, para poder temperar melhor a receita onde depois uso o caldo, e também vegetais cruciferos porque acho que dão um sabor muito sulfurico ao caldo. 

Massa com Molho de Abóbora e Tofu

Vegan
Serve 2
Tempo de preparação: 30 minutos

Ingredientes

250 g de massa da tua preferência

Molho
200 g de tofu
1/2 cebola, picada
2 dentes de alho, picado
250 g de abóbora hokkaido cortada em cubos
1/8 c.c. de noz-moscada moída
1/2 c.c. de paprika fumada
50 g de cajus crus
30 g de levedura nutricional, opcional
250 ml de água ou caldo de vegetais
1/2 c.s. de miso, opcional
Sal marinho e pimenta preta moída, a gosto

Sálvia crocante
30 ml de azeite
5 ou 6 folhas frescas de sálvia

Chips de coco fumado
1 c.s. de azeite
1 c.s. de molho de soja
2 c.c. de paprika fumada
1 c.c. de molho picante, opcional
75 g de coco em lascas


Preparação

Chips de coco fumado
Aquece o forno a 175°C e coloca uma folha de papel vegetal num tabuleiro.
Mistura todos os ingredientes dos chips de coco com a exeção do coco numa tacinha.
Envolve cuidadosamente o coco no molho.
Espalha o coco pelo tabuleiro e leva ao forno por 10 min, vigiando para não queimar e mexendo a meio do tempo.
Quando estiver douradinho, retira do forno e deixa arrefecer totalmente para ficar bem crocante.

Massa
Aquece o azeite numa frigideira grande e funda em lume médio. Adiciona as folhas de sálvia e frita por 30 seg. Retira as folhas de sálvia e coloca-as num prato forrado com papel absorvente. Salpica com sal e reserva.
Esmigalha grosseiramente o tofu e coloca-o na mesma frigideira com o azeite onde fritaste a sálvia. Tempera com paprika fumada, sal e pimenta preta e deixa dourar por uns minutos. Retira o tofu para um prato.
Na mesma frigideira, adiciona a cebola picada e salteia por uns minutos até estar bem macia e translúcida. Junta o alho e deixa cozinhar por 1 min. Adiciona a abóbora cortada em cubos e tempera com sal, pimenta e noz-moscada. Mexe tudo. Adiciona os cajus, o tofu salteado e o caldo de vegetais. Deixa ferver e depois reduz o lume, tapando a frigideira, até a abóbora ficar macia e começar a desfazer-se, cerca de 15 min.
Noutra panela, coze a massa de acordo com as instruções da embalagem. Reserva um pouco da água da cozedura da massa.
Transfere tudo da frigideira para um liquidificador.
Junta a levedura nutricional e o miso. Tritura tudo até a mistura ficar cremosa e aveludada. Verifica os temperos e ajusta, se necessário.
Mistura a massa e o molho de abóbora na frigideira, em lume brando. Continua a mexer até tudo estar bem quente. Se o molho parecer demasiado espesso, adiciona um pouco da água da cozedura da massa ou caldo de vegetais. Prova e ajusta os temperos se necessário.
Serve a massa quente com a sálvia crocante e os chips de coco por cima

novembro 04, 2024

Salada de Quinoa, Abóbora assada. Grão-De-Bico e Couve Toscana

Eu adoro fazer saladas com bastante sabor, texturas diferentes e com elementos cozinhados de formas diferentes. Nesta casa não entram saladas aborrecidas! Esta combina quinoa com abóbora manteiga assada, doce e bem tenrinha (também fica perfeita com abóbora hokkaido e imagino que com cenoura também não deve ficar nada mal), um salteado de grão-de-bico e couve toscana a estoirara de sabor graças à pasta harissa - uma pasta picante africana que adoro, o toque cremoso do abacate e o salgado do feta com um apontamento amendoado das sementes de cânhamo. O resultado? Uma salada maravilhosa, super nutritiva cheia de sabores de Outono!

Apesar de estar a partilhar contigo a receita de raiz, esta combinação surgiu graças ao meu estilo de meal prep, em que tenho sempre um cereal cozido (neste caso a quinoa), legumes assados (neste caso a abóbora) e alguma leguminosa disponível seja cozida por mim ou não. Tendo isto tudo pronto é fácil dar azo à criatividade e criar coisas boas como esta de repente! 
 



Algumas notas: 

As sementes de cânhamo são opcionais mas vão trazer mais proteína à salada e são uma ótima fonte de ómega 3!

Se tiveres uma alimentação vegan e quiseres um toque de sabor extra sem usar o feta, usa bastante levedura nutricional e carrega mais um bocadinho no sumo de limão e sal.

 



Salada de Quinoa, Abóbora assada. Grão-De-Bico e Couve Toscana
Sem Glúten
Serve 2 a 4 pessoas

Tempo de preparação: 30 minutos


Ingredientes

200 g de quinoa
250 g de abóbora-manteiga (cortada em palitos grossos)
240 g de grão-de-bico cozido
100 g de couve toscana (cortada em tiras finas)
1 colher chá de pasta de harissa (ou a gosto dependendo do teu paladar para picante)
1 abacate (maduro, cortado em cubinhos)
50 g de queijo feta (esfarelado)
2 a 3 c.s. de sementes de cânhamo
Azeite (para assar e saltear)
Sal e pimenta preta
Sumo de limão

Preparação

Cozer a quinoa
Lava bem a quinoa e escorre a água. Coloca numa panela e tosta até secar. Coloca o dobro da quantidade de água e uma pitada de sal.
Cozinha em lume médio destapada até a água evaporar e a quinoa ficar macia (cerca de 15 minutos). Deixa arrefecer.

Assar a abóbora
Pré-aquece o forno a 200°C.
Coloca os palitos de abóbora num tabuleiro, tempera com azeite, sal e pimenta. Assa durante 20-25 minutos, ou até a abóbora estar dourada e macia.

Saltear a couve e o grão-de-bico
Aquece um fio de azeite numa frigideira e acrescenta a harissa.
Junta o grão-de-bico, envolve e deixa saltear por 2 a 3 minutos.
Acrescenta a couve toscana e deixa cozinhar por 3 a 5 minutos até murchar ligeiramente

Montar a salada
Numa taça grande, mistura a quinoa cozida, a abóbora assada, a couve e o grão-de-bico.
Dispõe as fatias de abacate por cima e esfarela o queijo feta.
Polvilha com as sementes de cânhamo e, se gostares, rega com um pouco de sumo de limão e mais um fio de azeite.

Servir
Serve a salada à temperatura ambiente ou ligeiramente morna.

outubro 22, 2024

Como cozinhar quinoa

Podemos fingir que este blogue não esteve ao abandono nos últimos 4 anos e passar logo ao que interessa? 
Andava há séculos com vontade de publicar outra vez por aqui e sempre a adiar, nem sei bem porquê.Nos últimos 4 anos fui publicando várias receitas no instagram que enviava também por newsletter, mas não há dúvida que o formato do blogue é muito melhor para arquivar e pesquisar as receitas. Vou partilhar todas essas receitas aqui também e para o regresso vamos começar com algo bem simples e prático. Um guia para cozinhar quinoa para ficar sempre perfeita, saborosa e soltina!

Como cozinhar quinoa

A quinoa tornou-se super popular nos últimos anos por ser muito nutritiva e é sem dúvida uma habitué cá em casa. Gosto de cozinhar em grandes quantidades para depois usar como acompanhamento, em saladas ou bowls, enriquecer hambúrgueres ou almôndegas ou até fazer papinhas de pequeno-almoço para variar um pouco das papas de aveia. Se já fizeste o detox natural sabes do que falo!

O que é a quinoa?

A quinoa é uma planta originária da região dos Andes, na América do Sul, e tem sido cultivada há milhares de anos. Apesar de ser frequentemente referida como um cereal, a quinoa é na verdade um grão ou, se preferires, uma semente. É considerada um pseudocereal, tal como o amaranto e o trigo-sarraceno por exemplo, devido à sua relação entre aminoácidos (proteina) e hidratos de carbono, mas é preparada e consumida da mesma forma que os cereais.

Benefícios nutricionais

A quinoa é naturalmente isenta de glúten e rica em fibras, vitaminas do complexo B e vitamina E, antioxidantes e apresenta uma maior concentração de minerais do que qualquer outro cereal, em especial ferro, magnésio, manganês e fósforo. Mas o que lhe deu a fama toda foi ter todos os aminoácidos essenciais, o que a torna uma proteína completa – algo raro no mundo vegetal, e fornece 14 g de proteína por cada 100 g. 

Como cozinhar


Lavar bem a quinoa: A quinoa tem saponinas, compostos naturais que a protegem de pássaros e insetos. As saponinas têm um sabor bastante amargo por isso é conveniente lavar muito bem a quinoa para retirar a maior quantidade possível destes compostos. Podes fazê-lo sobre água corrente, mas eu gosto de colocar numa taça e bater com um batedor de varas até fazer espuma (as saponinas também têm propriedades detergentes e até são usadas em vários produtos de limpeza) e coar. Se necessário repito o processo. Gastamos muito menos água assim!

Demolhar a quinoa. Este passo já pode ser opcional, mas se tiveres tempo é sempre benéfico pois vai melhorar a absorção dos minerais e vitaminas da quinoa. Podes demolhar em água limpa por 4 a 5 horas, ou deixar de um dia para o outro. No fim, descarta a água de demolhar e está pronta a cozinhar.

"Tostar" a quinoa. Coloquei em aspas pois como vai estar molhada não sei se pode chamar bem tostar. Mas é sem dúvida o melhor truque para uma quinoa saborosa! Coloca a quinoa depois de lavada (e demolhada se o fizeres) na panela sem nenhum tipo de gordura ou outro ingrediente, e deixa-a a secar por uns minutos mexendo ocasionalmente até começares a sentir um aroma amendoado mais profundo.

Acrecentar água ou caldo de vegetais. Depois de "tostares" acrescenta agora a água ou caldo de vegetais (já sabes que eu adoro caldo de vegetais e uso bastante nas minhas receitas para criar mais sabor) numa proporção de 2 partes de água para 1 parte de quinoa.

Temperar. Podes acrescentar ervas aromáticas, folhas de louro, especiarias, sal, alho esmagado... Atenção que se quiseres usar para fazer papas de pequeno-almoço não convém usar temperos salgados!

Cozinhar. Deixa levantar fervura, reduz o lume e deixa cozinhar destapado por 15 minutos, até a água seja absorvida e se forme uns buraquinhos à superfície.

Afofar. Deixa a quinoa repousar por 5 minutos e, em seguida, solta os grãos com um garfo para que fique bem fofinha e solta.

Dicas para usar quinoa

Uma das melhores coisas sobre a quinoa é a sua versatilidade. Fica com algumas ideias para te inspirares:

Saladas nutritivas: Mistura quinoa cozida com legumes crus ou assados, leguimosas, frutos secos e um bom molho
Acompanhamento: Usa quinoa em vez de arroz ou massa para uma alternativa mais nutritiva.
Pequeno-almoço: Faz uma papa de quinoa uma opção de pequeno-almoço saudável e proteíca
Hambúrgueres ou almôndegas vegetarianos: Combina quinoa com leguminosas cozidas, especiarias e aveia para fazer hambúrgueres vegetarianos deliciosos.

Onde comprar quinoa

Hoje em dia, podes encontrar quinoa na maioria dos supermercados e lojas de produtos naturais. Está disponível em várias formas, incluindo quinoa branca, vermelha e preta. A quinoa tricolor, que é uma mistura das três, também é bastante popular.

abril 21, 2020

Empadão Rústico de Polenta e Cogumelos

Não há nada mais familiar do que um empadão bem robusto. Cá em casa gosto muito de variar e substituir o clássico puré de batata, e usar polenta para cobrir os meus empadões. Fica deliciosamente crocante por fora e macia por dentro.

O recheio é muito versátil e podem variar imenso com todo o tipo de estufados ou guisados com os vossos ingredientes favoritos. Fica óptimo com um estufadinho bem apurado de lentilhas, por exemplo!

abril 15, 2020

Creme de Ervilhas e Hortelã





Uma das minhas sopas favoritas do meu segundo livro e que adoro fazer na Primavera! É muito levezinha mas cheia de sabor, tem pouquíssimos ingredientes e é super rápida de preparar! o segredo é não deixar cozinhar demasiado as ervilhas e acrescentar a hortelã mesmo no fim para deixar esta combinação de sabores bem vibrante e fresca.

Passem pelo meu instagram, coloquei um destaque nas stories onde podem ver todo o passo a passo e algumas dicas para decorarem as vossas sopas!

abril 08, 2020

Tudo o que precisam saber para fazer leite vegetal em casa

Os leites vegetais são ótimas alternativas para quem não consome lacticínios ou simplesmente para mudar a rotina. São muito fáceis de fazer em casa e podem ser feitos com qualquer oleaginosa, semente, ou cereal. Vão precisar de um liquidificador ou de uma varinha mágica potente e um tecido sintético de malha fina para coar. Eu prefiro usar tecidos sintéticos tipo musselina pois são mais fáceis de lavar e basta passar por água depois de utilizar e deixar a secar no escorredor da loiça. Se procuram os típicos sacos para coar leite, passem pela minha loja online aqui! São muito práticos e com o tamanho ideal para fazer pelo menos 1 litro de leite e também podem ser usados para coarem sumos de vegetais.

Depois de prontos, estes leites podem ser conservados no frigorífico entre três a cinco dias dependendo da qualidade da água usada, eu noto que normalmente com água engarrafada ou filtrada têm uma maior validade. A polpa que sobra pode ser usada nas mais variadas coisas! Granolas, barritas, bolachas, muffins, hambúrgueres ou até queijos vegetais. E também pode ser conservada no frigorífico até três dias, congelada até seis meses ou mesmo desidratada para transformar em farinha.

abril 05, 2020

Brunch Inspiring Mornings - Tosta de Abacate com Tofu Mexido e Pickles Rápidos de Cebola Roxa e Green Smoothie

Dia de estreias por aqui... A primeira vez que cozinhei em directo no instagram e a primeira vez que publico uma fotografia do telemóvel aqui no blog. Podia ter tirado exactamente a mesma fotografia com a câmara mas o meu cérebro de quarentena não se lembrou e quando dei por ela já tinha comido tudo. Agora entrava aqui bem um hashtag vida real.

Também podia publicar outras fotografias que tenho de tofu mexido e dos pickles mas assim ficam mesmo com o verdadeiro resultado do que se passou pelo instagram. Inserir hashtag vida real novamente aqui.

abril 01, 2020

Chili 3 Feijões

Este chili é uma das minhas receitas preferidas do meu primeiro livro! Faz um enorme panelão, perfeito para famílias grandes ou para congelar em doses mais pequenas e ir usando conforme o necessário. Tem uma lista longa de ingredientes, mas não se assustem! São tudo ingredientes fáceis que se encontram em qualquer supermercado ou mercearia. O chocolate é opcional, mas para mim faz toda a diferença e deixa este chili com um sabor umami irrestível!

Podem usar feijão enlatado ou seguir as minhas dicas do meu último artigo e cozer o vosso próprio feijão!

Espero que estejam bem desse lado*

março 19, 2020

Tudo o que precisam saber para cozer leguminosas em casa



As leguminosas cozidas e conservadas em frascos ou enlatadas que encontramos à venda podem ser muito práticas e mesmo eu tenho sempre algumas em casa para aqueles momentos SOS. Mas cozer as nossas próprias leguminosas em casa tem imensas vantagens e não tem de ser complicado. Neste artigo vamos explorar as vantagens de comprar leguminosas secas, como prepará-las correctamente e os truques para melhorar a digestão.

As leguminosas são verdadeiros super alimentos, bem mais humildes e económicos que os famosos pozinhos de spirulina e afins. Nada contra estes últimos, mas podemos encontrar muitos nutrientes também nos alimentos do dia-a-dia e sem complicações.

Existem 2 tipos de leguminosas: as leguminosas em grão que provêm da cultura de grãos secos ou frescos como: feijões, ervilhas, favas, grão-de-bico, lentilha ou tremoço e as leguminosas oleaginosas que contêm uma maior quantidade de gordura como a soja e o amendoim.

Porque temos mesmo de demolhar as leguminosas secas?

Podemos encontrar algumas leguminosas frescas, que não passaram pelo processo de secagem, mantendo o seu conteúdo de água. Não é preciso demolhar (embora também beneficiem se forem) e podem ser cozinhadas imediatamente. Mas o mais habitual é as leguminosas secas, que foram desidratadas para conservação e precisam obrigatoriamente de ser demolhadas para restabelecer a água perdida no processo. Como vamos ver mais à frente este processo de demolhar aumenta a biodisponibilidade dos nutrientes e melhora a digestibilidade das leguminosas. 
 
Características nutricionais das leguminosas
Proteínas, cerca de 20 a 25 % do seu peso total. Embora não sejam consideradas proteínas completas por não terem todos os aminoácidos essenciais. Numa alimentação vegetariana/vegan é recomendável a combinação leguminosa + cereal integral para obter todos os aminoácidos, apesar desta combinação não ser essencial em todas as refeições.
Hidratos de carbono complexos
Fibras, entre 5 a 15 % do peso seco, o que contribui para a saciedade e controlo do peso.
Vitaminas do complexo B
Minerais como o ferro, o zinco, o magnésio, o potássio e o fósforo
Substâncias bioativas como compostos fenólicos, flavonóides, isoflavonas e outros antioxidantes.
Quais as vantagens em comprar leguminosas secas?
São mais económicas – 1kg de leguminosas secas rende 2 a 3 vezes o seu peso depois de cozinhadas;
São mais sustentáveis, uma vez que passam por menos processamentos em fábricas e existe uma considerável redução de embalagens;
São mais saudáveis, pois controlamos todo o processo de confecção, desde a demolha aos ingredientes usado evitando o excesso de sal e de aditivos presente em algumas leguminosas conservadas;
Promovem uma melhor digestão, pois ao demolhar e cozer as leguminosas em casa podemos aumentar a sua digestibilidade.



A importância de demolhar

Como todas as sementes, as leguminosas estão protegidas por agentes naturais que as impedem de germinar precocemente, que chamamos de antinutrientes por diminuírem a biodisponibilidade de alguns nutrientes.

Destes antinutrientes nas leguminosas destacam-se:

Ácido fítico (ou fitato) que interfere na absorção de minerais pelo sistema digestivo. O ácido fítico é um composto presente nos vegetais, que os ajuda a armazenar fósforo, muito importante para a sua sobrevivência. Quando não é correctamente eliminado, liga-se como um íman a vários minerais como o ferro, o cálcio, o magnésio e o zinco, inibindo a sua absorção.
Inibidores de enzimas são muito importantes para conservar a semente antes da germinação mas ao serem ingeridos por nós prejudicam não só o processo de digestão como na assimilação de proteínas, vitaminas e minerais.

Assim, ao demolhar por algumas horas as leguminosas antes de as cozer, estamos a dar início ao seu processo de germinação e a neutralizar todos os seus agentes protectores tornando-as muito mais fáceis de digerir e a aumentar a biodisponibilidade de todos os seus nutrientes.

Para além de ajudar a evitar problemas como gases e azia, muitas vezes associados a este género de alimentos, demolhar as leguminosas vai melhorar a absorção dos nutrientes e reduzir substancialmente o tempo de cozedura.
Demolhar as leguminosas melhora a sua digestibilidade

As leguminosas têm alguns compostos que não são absorvidos pelo nosso organismo, ficando disponíveis para a fermentação pela microflora intestinal. É esta fermentação que leva à formação de gases e outros desconfortos gastrointestinais.

Ao demolhar e cozer as leguminosas em casa podemos usar alguns truques para melhorar a sua digestão.

4 Truques para melhorar a digestão:

Alga Kombu – é a melhor maneira de aumentar a digestibilidade das leguminosas. Podemos usar tanto na água de demolhar como para cozer ou em ambas as fases. Acrescentar 1 tira de 2 a 3 cm para cada 500 g de leguminosas secas.
Gengibre fresco – também se pode usar tanto na demolha como na cozedura. Acrescentar 2 a 3 cm gengibre em rodelas para cada 500 g de leguminosas secas.
Louro – muito típico em todos os pratos portugueses e conhecido por melhorar a digestão. Também pode ser usado para demolhar ou cozer. Acrescentar 3 folhas para 500 g de leguminosas secas.
Bicarbonato de sódio – ajuda a quebrar as fibras das leguminosas. Acrescentar 1 colher de sopa por cada 500 g de leguminosas secas, para demolhar ou cozer.
Como Cozer Leguminosas

Preparar

1. Lavar as leguminosas secas até que a água fique límpida.

2. Demolhar em água abundante num recipiente suficientemente grande para que expandam. Ter em consideração que quando demolhadas as leguminosas tendem a dobrar o volume. Para melhorar o processo de neutralização dos antinutrientes e aumentar a digestibilidade, acrescentar um meio alcalino com uma tira de 2 cm alga kombu ou uma colher de sopa de bicarbonato de sódio para 500 g de leguminosas secas, ou ainda qualquer uma das dicas acima mencionadas.

3. Escorrer água da demolha e voltar a lavar as leguminosas. A água da demolha nunca deve ser utilizada e no caso de usarem kombu durante a demolha, esta também deve ser descartada.

Cozer 

1. Cozer com o triplo de água, sem sal, de acordo com os tempos da tabela. Para enriquecer o teor mineral e contribuir para uma melhor digestão das leguminosas, acrescentar uma nova tira de alga kombu ou qualquer um dos outros ingredientes mencionados. O sal deve ser sempre acrescentado no fim da cozedura. 

Conservar

1. Depois de cozidas, as leguminosas podem ser conservadas em recipientes de vidro no frigorífico entre 3 a 5 dias ou congeladas em saquinhos por 4 meses.




Se quiserem imprimir a tabela cliquem aqui


janeiro 08, 2020

Sopa de Lentilhas Com Croutons Caseiros :: Lentil Soup With Homemade Croutons





Recipe in English below

Estas fotografias andam por aqui perdidas no computador e à espera de ver a luz do dia já há uns 2 ou 3 meses, e agora parecem-me a melhor maneira de estrear 2020 aqui pelo blog e começar bem o ano. Sim, porque uma das minhas resoluções de ano novo é publicar mais receitas por aqui e voltar a ser uma blogger como deve ser. Inserir figas aqui.

Os dias de Inverno chegaram à séria e não há nada que combine melhor que uma noite fria de Janeiro como uma taça bem quentinha de sopa, e esta tem sido um verdadeiro habitué cá por casa. É super simples, saborosa e incrivelmente reconfortante. Tudo o que é preciso numa boa sopa!

julho 18, 2019

Tudo o que precisam de saber sobre bowls - Bowl de Quinoa Aromática com Grão-de-bico Dourado, Kale e Molho de Abacate e Iogurte :: Bowls 101 - Herbed Quinoa Bowl with Golden Chickpeas, Kale and Avocado Yogurt Dressing


Recipe in English below

Como as coisas mudam num ano. Eu sei, parece um daquelas frases feitas da internet espalhadas por aí, mas não lhe consigo mesmo resistir. Há um ano estava atrás destas teclas a escrever um dos meus artigos mais pessoais de sempre e hoje é impossível não pensar em tudo o que aconteceu desde aí. Não sou de spoilers mas aviso que vem aí mais um artigo comprido por isso se estavam por cá no ano passado já sabem os procedimentos a seguir. Sentem-se no vosso cantinho mais confortável para ler tudo até ao fim ou saltem directamente para a receita bem lá ao fundo para ficarem a saber tudo sobre como fazer estas bowls. Eu percebo. Aos que chegaram agora, bem-vindos a blog com os artigos mais compridos do mundo!

julho 18, 2018

Salada Primavera com Molho de Sementes de Girassol e Alcaparras :: Spring Salad with Sunflower Seed & Capers Dressing

Recipe in English below

E passaram 2 anos. Ganhei oficialmente o título da pior blogger de sempre. O que se segue também está a concurso para o artigo mais longo da história dos blogs e quem quiser tem autorização para ir já para a receita bem lá em baixo que a época dos espargos e do funcho está num lusco-fusco e cada minuto conta! Os mais curiosos podem-se ir instalando confortavelmente que vamos ficar por aqui um bocado.

julho 12, 2016

Rolinhos Arco-iris com Hummus de Ervas :: Rainbow Summer Rolls with Herbed Hummus



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Olha, olha quem é ela! A blogger mais desnaturada de toda a blogosfera... Eu sei... Aceito todo o tipo de ralhetes, raspanetes e carapuças da vossa parte! Parece que isto de sobreviver a terramotos de grande escala ocupa muito tempo na agenda de uma pessoa. Apercebi-me que tinha muitas saídas e diversão para pôr em dia, muitas coisas novas para descobrir, outras tantas para redescobrir e entre todos os projectos fantásticos em que tenho estado a trabalhar pouco tempo me sobrava para me organizar de maneira a publicar um artigo. E por esta altura já todos percebemos que a organização e gestão do tempo não são propriamente o meu forte, não é verdade? Falhei claramente essa fila e os dias escapam-me a uma velocidade que nem o próprio Einstein conseguiria relativizar. E, no que parece um abrir e fechar de olhos, estamos em Julho!! JU-LHO!!! É só a mim que isto acontece?

janeiro 09, 2016

French Toast Vegan com Banana Caramelizada e Manteiga de Avelãs :: Vegan French Toast with Caramelized Banana and Hazelnut Butter

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2015 foi duro. Eu sei, não são propriamente as palavras que se está à espera de quem editou o seu primeiro livro mas foi realmente um ano muito duro. Intenso. Cheio de momentos altos e inesquecíveis, é certo, mas também de momentos demasiados baixos. Vivi demasiadas perdas importantes e desilusões tão profundas que a minha alma não aguentou e desabou num verdadeiro terramoto a rondar os 8.9 na escala de um tal Richter. Perdi-me entre os destroços e enchi-me de dúvidas acerca de tudo, todos e pior ainda, de mim mesma e do meu próprio valor. Enchi-me de medos e inseguranças. As réplicas são cada vez menos, mas sinto que houve uma parte de mim que mudou para sempre e isso é talvez o mais difícil de aceitar. Não... Na verdade ainda me é difícil aceitar muita coisa e essa é a minha grande tarefa para este novo ano. Aprender a deixar ir o que já passou, a desprender-me do passado e daquilo que eu acreditava que iria ser o futuro. Tento aproveitar isto tudo como um momento de grande transformação pessoal, tento fluir com a mudança, viver no momento, que tudo faz parte do percurso e todos os outros chavões do dicionário. Mas isto do desapego custa pa' caramba, que isto é um blogue de família e a decência impede-me de usar outras palavras, e as dores de crescimento são tantas que se me puser em biquinhos dos pés consigo tocar no lado escuro da lua.

dezembro 02, 2015

Bolo Crumble de Maçã com Caramelo de Malte :: Apple Crumble Cake with Malt Caramel



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Os dias têm-me fugido à velocidade da luz e quase sem dar conta passaram dois meses desde que o meu livro chegou às bancas. Dois meses incríveis numa verdadeira lufa lufa de rock star, com muitos projectos novos a nascerem e completamente nas nuvens com todo o vosso carinho e apoio. Todos os dias tenho a caixa de mensagens a transbordar de palavras boas e cada uma delas compensa a grande tarefa homérica que foi fazer o Natural.

Foi um longo e atribulado percurso, onde dei tudo de mim  e houve momentos em que quase me deixei afogar num mar de dúvidas e inseguranças, mas agora que o tenho aqui ao meu lado fico com um sorriso tonto e vaidoso. Consegui. Mesmo que continue a ver o que podia ter feito melhor, consegui. Nos últimos meses (anos?) aprendi muito sobre o que é isto de escrever receitas mas também sobre mim e os meus limites. Não posso dizer que estou pronta para outro, por agora ainda quero saborear esta pequena grande conquista, mas sinto que depois disto nada me pode parar.

agosto 26, 2015

Geladinhos de Pêssego e Chá :: Peach Tea Popsicles



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As temperaturas dos últimos dias parecem não saber muito bem a que estação pertencem, mas não posso deixar o verão acabar sem vos trazer pelo menos uma receita de gelados. Esta é tão simples que nem sei bem se a podemos mesmo chamar de receita… A ideia veio num dia bem quente enquanto preparava um chá gelado, que me andava na cabeça desde que o meu irmão me tinha trazido uns maravilhosos saquinhos diretamente dos Açores, com uns pêssegos bem madurinhos que andavam esquecidos na fruteira e me lembrei de dar uso às minhas forminhas de gelado. Unh, unh. Eu avisei… É tão simples que nem sei se a podemos chamar de receita.

Aproveitem a sugestão para quando o verão se lembrar de ser verão outra vez e experimentem com as vossas frutas favoritas. Este género de gelados ou, mais cientificamente falando, os coolers, resultam bem com quase tudo. Frutos silvestres, manga, uvas, ananás… E também podem viajar para destinos mais tropicais trocando o chá por água de coco.

julho 29, 2015

Gaspacho de Melancia e Tomate Coração de Boi :: Watermelon & Heirloom Tomato Gazpacho

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Nem sempre pensei assim, mas hoje dificilmente resisto a um bom gaspacho gelado numa tarde de calor. Este é um verdadeiro tributo ao Verão que combina uns sumarentos tomates coração de boi com o refrescante sabor da melancia, numa surpreendente e deliciosa versão do tradicional.

Experimentem levá-lo numa garrafa para o vosso próximo piquenique. Vão ganhar fãs para a vida! ;)

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I didn't always think like this, but today I can hardly resist a good chilled gazpacho on a hot summer afternoon. This one is a real tribute to Summer combing a juicy heirloom tomatoes with the refreshing taste of watermelon, in a surprising delicious version of the traditional recipe. 

Bring it in a bottle for your next picnic. You will win fans for life! ;)


julho 15, 2015

Tosta Picante de Abacate e Pepino :: Spicy Avocado Cucumber Toast

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A primeira vez que experimentei o sabor fresco do pepino com o toque quente das malaguetas foi numa estrada poeirenta da Índia, numa suposta sandes de pepino yes-mam-no-spice-mam que de no spice não tinha nada. Na altura, talvez por ser muito nova ou estar assumidamente farta do sabor picante que se sobrepunha a tudo o resto, achei a combinação a coisa mais estranha do mundo. Hoje acho irresistível o contraste entre os dois e dou muitas vezes por mim a tentar recriar aquela sandes de beira de estrada. Falta-me aquele cheiro da terra e a humidade abafada do ar, mas às vezes fico tão perto que quase consigo ouvir as centenas de buzinas frenéticas.

Esta tosta surgiu numa dessas viagens a bordo da minha cozinha, num dia bem quente em que me apetecia tudo menos ligar o fogão. Acrescentei ainda o toque exótico das sementes de cominhos — para mim também uma das melhores companheiras do pepino –, e acalmei toda esta explosão de sabor com a cremosidade sempre infalível do abacate e umas folhinhas de hortelã aqui e ali. A perfeição de um dia de verão numa só fatia de pão torrado, senhoras e senhores.

julho 02, 2015

Super Tabouleh de Quinoa e Cânhamo :: Super Quinoa Hemp Tabouleh

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O tabouleh é uma salada libanesa muito fresca, simples e a transbordar de sabor que adoro fazer nos dias mais quentes do verão. Como em qualquer receita tradicional existem muitas variações, mas todas aproveitam os melhores ingredientes da estação como o tomate, o pepino ou o pimento. Agora, as rainhas desta salada são mesmo as ervas aromáticas e um bom tabouleh quer-se a estourar de verde. As mais usadas costumam ser a salsa e a hortelã, mas podem experimentar abrir horizontes com manjericão, coentros ou, para uma verdadeira explosão de sabores, combinar todas.

Tradicionalmente acrescenta-se ainda bulgur ou até couscous, mas este é um verdadeiro super tabouleh e para além de lhe juntar grão-de-bico, chamei dois convidados muitos especiais para esta festa aromática: a quinoa e o cânhamo. Podem ser pequeninos mas estão a rebentar de nutrientes e transformam esta salada num almoço leve mas super completo, ótimo para levar para a praia ou na marmita para o trabalho enquanto as férias não chegam. Para saberem tudo sobre eles espreitem o final da receita


junho 17, 2015

Papaia Grelhada com Lima :: Grilled Papaya with Lime

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Declara-se oficialmente aberta a época dos barbecues no quintal, churrascadas em varandas e afins e grelhados no geral.

Se já têm as vossas agendas de fim de semana repletas com estes deliciosos encontros, experimentem fazer estas surpreendentes papaias grelhadas com um toque de lima, e preparem-se… Vão passar a ser os convidados mais concorridos das redondezas.

Esta é uma daquelas receitas incrivelmente simples mas que nos fazem brilhar em qualquer ocasião numa espécie de tudo em um. Estas papaias são a companhia perfeita para uns suculentos portobello na brasa ou para umas espetadinhas (de tempeh, claro está) acabadas de grelhar, mas também podem servi-las num pequeno-almoço ou brunch mais especial, ou até transformá-las numa gulosa sobremesa.

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I now declare barbecue season officially open. So put your grill spirit on and jump aboard to these 
amazing grilled papaya with a splash of lime. Be aware... After this you'll probably become the most popular guest/host of the neighborhood.

This is one of those incredibly simple recipes but that will make you shine on any occasion. These papayas are the perfect companion for some big juicy grilled portobellos or for some exotic tempeh skewers, but you can also serve them in a special breakfast or brunch, or even turn them into a scrumptious dessert.

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Papaia Grelhada com Lima
V / SG
Por pessoa

Ingredientes

1 Papaia, pequena e madura
1 Lima, sumo e raspa
Óleo de Coco ou Azeite, para pincelar os grelhadores de chapa

Barbecue
Coentros
Malagueta
Paprica Fumada
Flor de Sal

Pequeno-almoço / Brunch
Mirtilos
Coco em lascas
Iogurte Natural

Sobremesa
Açúcar de Coco ou Demerara
Chantili de Coco (ver aqui)
Pistácios


Preparação

Aquecer muito bem um grelhador e, se necessário, pincelar com um pouco de óleo de coco ou azeite.
Abrir as papaias ao meio e ao comprido, retirar as sementes e espremer o sumo da lima por cima de cada metade.
Colocar no grelhador bem quente com o lado da polpa virado para baixo e deixar cozinhar por 5 minutos até caramelizar.

Barbecue
Servir as papaias grelhadas com as raspas da lima, coentros e malagueta picados e uma pitada de paprica fumada e flor de sal.

Pequeno-almoço
Servir as papaias grelhadas com as raspas da lima, mirtilos, iogurte natural e lascas de coco ligeiramente tostadas.

Sobremesa
Polvilhar as papaias com o açúcar de coco ou demerara antes de as grelhar.
Servir as papaias grelhadas com as raspas da lima, uma colherada generosa de chantili de coco e pistácios grosseiramente picados.

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Grilled Papaya with Lime 
V / SG 
per person 

Ingredients 

1 Papaya, small and ripe
1 Lime, juice and zest 
Coconut or Olive Oil, for brushing the plate grills 

Barbecue 
Coriander 
Chilli 
Smoked Paprika 
Fleur de Sel

Breakfast / Brunch
Blueberries 
Coconut flakes
Natural Yogurt 

Dessert 
Coconut or Demerara Sugar 
Coconut Whipped Cream (see here
Pistachios 


Directions

Heat your grill till very hot and, if necessary, brush it with a little coconut oil or olive oil. 
Open the papayas in half and lengthwise, remove the seeds and squeeze the juice of lime over each half. 
Put them on the hot grill with the pulp side down and cook for 5 minutes to caramelize. 

Barbecue 
Serve the grilled papayas with lime zest, fresh coriander and chopped chilli and a pinch of smoked paprika and fleur de sel. 

Breakfast / Brunch
Serve the grilled papayas with lime zest, blueberries, yogurt and lightly toasted coconut flakes. 

Dessert 
Sprinkle the papayas with coconut or demerara sugar before grilling. 
Serve the grilled papayas with lime zest and a generous spoonful of coconut whipped cream, sprinkled with roughly chopped pistachios.