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dezembro 02, 2015

Bolo Crumble de Maçã com Caramelo de Malte :: Apple Crumble Cake with Malt Caramel



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Os dias têm-me fugido à velocidade da luz e quase sem dar conta passaram dois meses desde que o meu livro chegou às bancas. Dois meses incríveis numa verdadeira lufa lufa de rock star, com muitos projectos novos a nascerem e completamente nas nuvens com todo o vosso carinho e apoio. Todos os dias tenho a caixa de mensagens a transbordar de palavras boas e cada uma delas compensa a grande tarefa homérica que foi fazer o Natural.

Foi um longo e atribulado percurso, onde dei tudo de mim  e houve momentos em que quase me deixei afogar num mar de dúvidas e inseguranças, mas agora que o tenho aqui ao meu lado fico com um sorriso tonto e vaidoso. Consegui. Mesmo que continue a ver o que podia ter feito melhor, consegui. Nos últimos meses (anos?) aprendi muito sobre o que é isto de escrever receitas mas também sobre mim e os meus limites. Não posso dizer que estou pronta para outro, por agora ainda quero saborear esta pequena grande conquista, mas sinto que depois disto nada me pode parar.

novembro 08, 2012

Fall Goodies!









Eu sei que o Outono não é das estações com mais amigos por aí, e até percebo, os dias cada vez mais pequenos, o céu cinzento, o frio a instalar-se devagarinho, anunciando o Inverno... Mas no meio disto tudo encontro-lhe encantos irresistíveis e muitos, claro, andam de volta dos tachos!

É a época dos legumes de raiz, das folhas verdes escuras e dos cogumelos, das abóboras e das castanhas, de uma imensidão de frutas como uvas, figos, pêras, maçãs romãs, dióspiros e todo o tipo de citrinos. Todos com uma missão em comum: darem-nos o que mais precisamos para resistir às temperaturas frias e dias escuros.

Podíamos ficar aqui dias a fio a falar de cada um deles e das suas infinitas propriedades mas como minha última obsessão são os legumes de raiz quero vos contar tudinho sobre estes meninos. Podem não ser os mais bonitos do mercado, mas eu gosto deles assim, tortos, sujos e cheios de carácter. Para mim são como pedras preciosas ou tesouros perdidos, ali debaixo da terra à espera que alguém os descubra.

Tecnicamente só são considerados legumes de raiz aqueles que têm raízes tuberosas (raízes dilatadas que armazenam os nutrientes da planta) como as beterrabas, cenouras, rabanetes, pastinacas e os nabos. Mas é comum alargar o termo a todos os legumes que cresçam no subsolo, sejam bolbos como a cebola e o alho, rizomas como o gengibre e a curcuma ou tubérculos como as batatas.

Devido às suas características, podem sobreviver a temperaturas extremas e são de um valor inestimável para a alimentação em invernos rigorosos e climas mais frios, quando pouco ou nada consegue crescer. Estas raízes foram mesmo a solução para muitas culturas ao longo dos períodos mais complicados da História salvando-as da fome. Há até relatos de terem servido como uma importante moeda de troca na Rota da Seda na altura dos descobrimentos.

Apesar de cada um dos legumes de raiz ter a sua própria composição nutricional, todos eles funcionam como um cofre blindado para a planta, guardando tudo o que ela mais necessita  para crecer: vitaminas, minerais, fitonutrientes, carboidratos complexos e fibras. As boas notícias são que nós também podemos aproveitar estes pequenos cofres nutritivos. Conseguem imaginar os benefícios destas coisas todas para a saúde humana? 

Mas o que é isso de carboidratos complexos e fitonutrientes? Os carboidratos complexos têm uma digestão mais lenta prolongando a sensação de saciedade. E são ainda mais eficazes quando são consumidos com as suas amigas fibras! Os fitonutrientes incluem poderosos antioxidantes que combatem radicais livres no nosso corpo. Estão associados à cor do vegetal, quanto mais intensa mais fitonutrientes ele contém. Estão a ver aquele fúscia vibrante das beterrabas? E o laranja brilhante das cenouras? Só podem querer dizer coisas boas!

E no fim de contas sempre se ouviu dizer que a cenoura faz bem ao olhos! Quem é que daqui se atreve a duvidar da eterna sabedoria das avós?


Fontes aqui, aqui, aqui e aqui.


novembro 04, 2011

Strudel de Pêra, Maçã e Sultanas



Mais uma recordação das passeatas pela Europa deste Verão! O Strudel é originário da Áustria mas espalhou-se rapidamente por toda a Europa de Leste e dos Bálticos no séc. XVIII... o pessoal sabia bem o que era bom! Tradicionalmente é doce e tal como o crumble pode ser feito com várias frutas. Eu deliciei-me com um de pêssego depois de um dia de praia na maravilhosa Croácia! Esta versão é feita com fruta de outono, perfeita para um lanche de dia de chuva com uma caneca de chá bem quentinho.


Ingredientes (para 6 pessoas)

2 Pêras
1 Maçã
55gr de Sutanas (eu usei das douradas)
55gr de Amêndoas moídas na hora e mais um pouco para polvilhar
75gr de Açúcar Mascavado (ou amarelo)
6 folhas de Massa Filo
Casca ralada e sumo de 1/2 Limão
1/2 colher de chá de Pimenta Preta moída na hora
1 Cravinho moído
Leite para pincelar (pode ser de Soja, ou Aveia, ou Arroz)


Preparação

Ligar o forno para ir aquecendo e forrar um tabuleiro com papel vegetal. Descascar e cortar as pêras e maçãs em cubos. Numa taça, misturar a fruta, as sultanas, a casca ralada e o sumo de limão, o açúcar, as especiarias, e metade das amêndoas. Colocar 2 folhas de massa filo ligeiramente sobrepostas (mais ou menos 1/3) num pano de cozinha limpo (confiem em mim... não tentem fazer sem o pano se não é impossível enrolar o strudel!). Pincelar ligeiramente com o leite e salpicar com 1/3 das amêndoas. Colocar por cima mais 2 folhas de massa (novamente sobrepostas e pinceladas com leite) e amêndoas. Repetir este procedimento mais uma vez. Espalhar a mistura de pêras e maçãs na parte de baixo da massa a toda a sua largura, deixando livre cerca de 2,5 cm da extremidade. Enrolar a massa por cima e do lado do recheio, usando o pano de cozinha para ajudar (aqui tem mesmo de ser sem medos!). Dobrar as pontas da massa tipo embrulho. Pincelar com mais leite e polvilhar com uma mistura de amêndoas moídas e açúcar mascavado (reservem um pouco das amêndoas quando estiverem a preparar o strudel e misturem meia colher de sopa de açúcar). Levar ao forno durante 20-25 minutos, até alourar e ficar estaladiço. Servir morno em fatias grossas (frio é delicioso na mesma!)


Receita adaptada do livro "Passo a Passo: Pastelaria" da editora Love Food

setembro 23, 2011

Folhadinhos de Chocolate e Maçã


Lembram-se dos Folhadinhos de Ameixa e Avelãs? Foram inspirados nesta receita e na altura só pensava no Outono e em Maçãs para poder fazer estes! Nada melhor que este primeiro dia (oficial) de Outono para os trazer aqui para o Passe Vite!

Não levam nem uma pontinha de açúcar mas como são muito ricos em chocolate tornam-se muito intensos. As opiniões divergiram... Houve quem adorasse à primeira e houve quem, educadamente, não se manifestasse muito.  Eu, quantos mais comia mais gostava! Mas para a próxima devo reduzir um pouco o chocolate e pôr mais avelãs...


Ingredientes

55g de Chocolate de Culinária 70% Cacau derretido
2 Maçãs descascadas e raladas
85g de Avelãs moídas
1/2 Iogurte Natural (pode ser de Soja)
1 pedacinho de Raiz de Gengibre (mais ou menos 1 cm) descascado e ralado
10 folhas de Massa Filo
Leite para pincelar (pode ser de Soja, ou Aveia, ou Arroz)


Preparação

Ligar o forno para ir aquecendo. Forrar um tabuleiro de ir ao forno com papel vegetal. Com uma tesoura cortar a massa filo em 9 quadrados com cerca de 10cm. Destes 9 quadrados fazer 18 "montinhos" de massa (3 folhas cada) e dispor no tabuleiro. Pincelar as folhas com um pouco de leite para que se colem umas às outras. Misturar as avelãs com o chocolate derretido e o iogurte. Acrescentar as maçãs e o gengibre. Deitar uma colher de sopa da mistura de chocolate no centro de cada quadrado de massa filo. Para fechar os quadrados, levantar as pontas da massa, junta-las e torcer. Dispôr os embrulhinhos no tabuleiro e levar ao forno durante cerca de 15 minutos, até ficarem dourados e crocantes.


Receita adaptada do livro "Passo-a-passo: Pastelaria" da editora Love Food